Um caça supersônico ianque F-18, equipamento usado pelo Estados Unidos (EUA) para bombardear o Iêmen, caiu do porta-aviões USS Harry S Truman nesta segunda-feira (28/04) ao tentar desviar de um massivo ataque com drones realizado pelas Forças Armadas do Iêmen contra a marinha norte-americana. Além do avião, um rebocador também foi perdido.
O piloto do avião estava se preparando para realizar um de seus criminosos ataques ao Iêmen quando foi surpreendido por uma saraivada de drones, segundo informações da Marinha ianque. Mas ao desviar dos drones, que seguiram para o navio norte-americano, o piloto teria feito uma curva muito fechada, resultando na perda do controle da aeronave, que caiu.
O caça supersônico F-18 Super Hornet atingido indiretamente nesta segunda-feira é o segundo do modelo destruído em ataques iemenitas. O primeiro foi alvejado em dezembro do ano passado, quando as Forças Armadas do Iêmen iniciaram ataques ao Porta-aviões “Truman”.
Os ataques iemenitas estão causando grandes gastos ao EUA. De acordo com as informações, o avião perdido pela Marinha dos EUA custa em torno de US$ 60 milhões, elevando os prejuízos da campanha imperialista contra o povo do Iêmen que, somente nas três últimas semanas de março, gastou mais de US$ 1 bilhão em armamentos e logística.
De acordo com o movimento anti-imperialista iemenita Ansarallah, desde março as Forças Armadas iemenitas chegaram a abater ao menos sete drones MQ-9, de US$ 33 milhões utilizados para espionagem e ataques à instalações civis, resultando em perdas de ao menos US$ 231 milhões. A Marinha ianque também deslocou dois porta-aviões ao Oriente Médio.
Em um discurso realizado no dia 24/04, o líder iemenita Abdul-Malik al-Houthi afirmou que desde a chegada do segundo porta-aviões, a situação dos EUA na batalha não alterou. De acordo com al-Houthi, desde os primeiros dias do “Vinson” na região, o navio foi obrigado a se afastar da costa iemenita e treinar movimentos de fuga.
O Ansarallah anunciou ainda que as Forças Armadas do Iêmen adquiriram a capacidade de monitorar os movimentos do bombardeiro furtivo B-2, ou F117, considerado por muitos analistas militares americanistas como um símbolo da superioridade militar dos EUA.
O F-117 é uma aeronave de custo elevado, aproximadamente US$ 1,176 bilhão, fabricada a partir do final dos anos de 1980 para potencializar a tática de “guerra relâmpago” contra os povos oprimidos do mundo. A aeronave chegou a ser considerada um “segredo militar” dos EUA pela sua capacidade de realizar ataques massivos com uma alta capacidade de furtividade. No ano passado, o ex-secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin chegou a afirmar que os ataques contra o Iêmen seriam realizados utilizando esta aeronave. De acordo com os iemenitas, a notícia da capacidade de rastreio do B-2 é uma notícia superior ao próprio abatimento de alguma aeronave do modelo, uma vez que sem o aspecto furtivo, a aeronave perde o seu valor de batalha.