“A Calsete destruiu toda a mata nativa e de pequizeiro da Lagoa dos Portácios para mandar para suas usinas em Sete Lagoas. Agora parece até piada essa empresa, sem nenhuma moral, com 11 milhões de multas ambientais, querer mandar no juiz, na polícia, nos jornalistas (da laia de david porco) e no povo de Carinhanha com discursinho ambiental fajuto para perseguir os camponeses que estão plantando roças.”, denunciou a LCP em panfleto divulgado em redes sociais sobre novas incursões policiais contra o acampamento Mãe Bernadete.
Desde 2023 a disputa entre posseiros e a mineradora Calsete pelas terras da fazenda Lagoa do Portácios se intensificou. Porém, foi ainda no início dos anos 2000 que foi constatado o desmatamento da região, na verdade, por parte da mineradora Calsete. O Ibama justifica a multa pelo motivo de “explorar florestas e formações sucessoras de origem nativa”.
As perseguições ambientais contra os posseiros da área acontecem ao mesmo tempo em que o Movimento ‘Invasão Zero’ se articula nacionalmente contra a Liga dos Camponeses Pobres e que os camponeses aumentaram a produção após a auto demarcação das terras, o corte popular.
“As roças estão lindas, limpas e representará fartura para nossas comunidades. Muito diferente de um bando de parasitas que vivem do suor e sangue de nosso povo, explorando e oprimindo.”, afirmou a LCP.
Ao final do panfleto, a LCP garante: “O Acampamento Mãe Bernadete segue resistindo e é um exemplo de luta para todos os camponeses da região, que vivem cercados e ameaçados pelo latifúndio. Assim como foi a luta no Acampamento Trevo/Porto Agrário em Minas onde o latifundiário era rei e muitos não acreditavam que os camponeses venceriam. Quem atacou, rasgou a boca!”.
O panfleto na íntegra pode ser visto através do perfil do Comitê de apoio ao Acampamento.