Nesta sexta-feira (13), o Presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), confirmou que o legislativo deve aprovar um reajuste “de mais ou menos 25%” para o prefeito, secretários da gestão reacionária e vereadores da CMS.
A proposta, que deverá ser votada na próxima terça-feira (17) e contará com um reajuste de milhares de reais, ocorre na capital do estado que amarga a pior média salarial do País. Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal do trabalhador na Bahia recuou para R$ 2.087, que coloca o estado no último lugar do ranking nacional, demonstrando a intensa situação de pobreza no estado. Tal situação, se alastra para Salvador, que ocupa a penúltima posição entre as capitais com as piores médias salariais, apenas superando Maceió, com um rendimento médio de R$ 2.755, com declínios nos últimos trimestres.
O burocrata Carlos Muniz ainda defende que “a população tem que entender” e que o reajuste não superaria os “tetos dos prefeitos de outras capitais” e ainda aponta que nos últimos 8 anos não houve ajuste. Porém, não aponta que o ex-prefeito, Antônio Carlos Magalhães Neto, faturou R$ 41 milhões durante o seu governo e empresas ligadas ao mesmo faturaram R$ 715 milhões.
O salário de um vereador soteropolitano, é de R$ 23.428,64, sendo o maior entre as capitais brasileiras e irá aumentar para 26 mil. Aproximadamente 20 salário trabalhando 20 horas por semana e 4 horas por dia, enquanto a maioria dos trabalhadores soteropolitanos são subjugados à esgotante escala 6×1. O prefeito Bruno Reis (UNIÃO), ganhará um salário de R$ 31,65 mil, com o reajuste de “mais ou menos 25%.”