BA: Enquanto Salvador lucra bilhões com investimentos e turismo, prefeito descarta tarifa zero

Enquanto a prefeitura de Salvador fecha o ano de 2023 com um superávit de R$2,215 bilhões, a pauta do Passe Livre no transporte público segue sendo negligenciada na Câmara Municipal.
Foto: Redação Bocão News (@bocaonews)

BA: Enquanto Salvador lucra bilhões com investimentos e turismo, prefeito descarta tarifa zero

Enquanto a prefeitura de Salvador fecha o ano de 2023 com um superávit de R$2,215 bilhões, a pauta do Passe Livre no transporte público segue sendo negligenciada na Câmara Municipal.

A prefeitura de Salvador fechou o ano de 2023 com um superávit total de R$ 2,215 bilhões, porém esbanjou em propaganda, festanças e renegou o combate à miséria e a possibilidade da implementação da tarifa zero.

Desde a última terça-feira (18), uma coalização de movimentos sociais em todo o Brasil junto com diversas entidades conseguiu protocolar um projeto de lei (PL), que visa estabelecer o passe livre e melhoria nos serviços de transporte público. Essa pauta foi motivo de lutas em muitos locais, especialmente em São Paulo e no Distrito Federal, mas também em Salvador, que possui tarifas absurdamente altas. 

O ouvidor-geral da câmara municipal de Salvador, Augusto Vasconcelos (PcdoB), já havia denunciado o colapso do sistema de transporte público em Salvador, após apresentar o relatório do Observatório da Mobilidade de Salvador. A crise do transporte público em Salvador já foi denunciada diversas vezes em vários veículos de mídia independentes, como o próprio AND, com imensos aumentos sem justificativa, visto que os funcionários continuavam precarizados e o sucateamento prosseguia.

Mesmo diante do superávit bilionário apresentado, além dos lucros milionários proveniente do turismo, investimentos e outras fontes de renda que a prefeitura coleta do povo, o prefeito Bruno Reis (União) disse que “não há condições de pagar a conta.” De acordo com ele “Terá que ver quem vai pagar a conta” e ele ainda considera – na sua fala “fechar hospitais” e “fechar escolas.” Sobre a tal ‘conta’, é um simples cálculo, que pode ser feito analisando as últimas gestões de Bruno e seus aliados.

No elefante branco do BRT, tiveram suspeitas de R$ 54 milhões de superfaturamento. Na gestão do ex-prefeito e ‘mentor’ de Bruno, ACM Neto, houve um faturamento de R$ 715,2 milhões para empresas de parentes e aliados. Mas não precisamos ir muito longe. Na Justiça do Trabalho e na Receita Federal e em outras muitas listas temos diversos nomes de empresas e empresários que estão devendo bilhões ao município. Mas por quê a primeira consideração do Excelentíssimo Senhor Prefeito foi considerar tirar do povo seus hospitais e suas escolas? Essa é uma pergunta que ele não responderá na eleição.

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