Foto: Jornalistas Livres
No último dia 2 de junho, a página Jornalistas Livres, em matéria assinada por Karina Costa, informou que os professores de quatro universidades da Bahia — Uesb, Uefs, Uneb e Uesc —, que estavam em greve há 50 dias, tiveram seus salários cortados pela segunda vez pelo governador Rui Costa (PT).
“Ele [o governador] sabe que os professores têm dificuldade de permanecer em uma greve com dois ou três cortes de salário. Ele sabe que isso ameaça e divide a categoria”, disse André Uzeda, coordenador do Fórum das AD’s (Associações de Docentes), ao Jornalistas Livres. A matéria ainda denuncia que “Além do corte salarial, os professores também receberam em seus contracheques faltas pelos dias parados, o que pode provocar problemas funcionais aos servidores, como dificultar o direito à licença prêmio concedida a cada cinco anos”.
Ao mesmo tempo em que o governo Bolsonaro — tutelado pelo Alto Comando das Forças Armadas reacionárias — tem aplicado políticas de ataque à educação pública gerando grandes manifestações por todo Brasil, o governo petista de Rui Costa tem feito o mesmo na Bahia. Na segunda quinzena de maio, Rui chegou a dizer que deveriam ser cobradas taxas em universidades públicas para quem pudesse pagá-las, numa clara tentativa de criar opinião pública para a cobrança de mensalidades em instituições públicas.
Professores acampam na secretaria de educação
Foto: Ascom/Aduneb
Na noite de 4 de junho, professores das universidades estaduais decidiram acampar na frente da Secretaria de Educação (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb) informou que a decisão foi tomada depois que representantes da categoria foram sido impedidos de entrar no prédio. No mesmo dia 4, centenas de manifestantes realizaram uma plenária unificada em frente à SEC para discutir uma nova contraproposta com as reivindicações da categoria docente.