No início da manhã do dia 23 de julho, o corpo da criança Aisha Vitória, foi encontrado sem vida. Ela estava morta em cima de sacos com materiais de construção, com o assassino sendo seu vizinho, que confessou o crime. O vizinho já havia sido preso antes por abuso de outra criança em 2015.
De acordo com relatos de vizinhos e documentos da polícia civil, ele já havia abusado de outra criança de 7 anos e também já teria tentado aliciar uma adolescente de 14 anos na rua. Mesmo após questionados por diversos jornais e pela população, os agentes de repressão do velho Estado não explicaram por que o homem, Joseilton Souza da Silva, estava solto. Em seu primeiro caso de abuso, foi solto apenas dias após a prisão, sequer respondendo a processo criminal.
Em tom de deboche, o estuprador respondeu ao pai da vítima que realizou ambos os crimes porque “quis”. As ações de Joseilton, que este mesmo confessou de forma cronológica, só foram possíveis pela conivência das autoridades policiais, que não puniram ele em seu primeiro caso de abuso e – como já é normalidade –, vários crimes como estes saem impunes, jamais são denunciados e os infratores sofrem “penas” risíveis.
A justificada revolta das massas e a erupção de violência na cidade de Salvador tem a mesma raiz. É a cidade com mais homicídios em todo o Brasil e ao mesmo tempo com mais assassinatos realizados pela polícia. O estado da Bahia registrou mais de 600 crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes até maio de 2024. Todos estes dados estão claramente relacionados, com a cumplicidade do velho Estado neste crime.