BA: Moradores protestam após operação policial que matou bebê de sete meses

BA: Moradores protestam após operação policial que matou bebê de sete meses

Moradores revoltados com ação da PM, montaram barricadas e atearam fogo em via. Foto: Redes Sociais

Moradores do bairro Mata Escura em Salvador, protestaram no dia 12 de abril, contra uma operação policial no mesmo dia, que deixou um Bebê de sete meses baleado. A criança de nome Lúcia Santos Braga, faleceu no dia 16 de abril.

O protesto começou por volta das 18h30 e durou cerca de 2h, moradores revoltados com a ação da Polícia Militar(PM) colocaram fogo em barricadas que foram montadas nas principais ruas do bairro.

Segundo uma tia da criança, a doméstica Marli da Conceição, 32 anos, a criança foi atingida quando estava no portão de casa nos braços do pai, na rua do triunfo. “Os policiais já chegaram atirando. Infelizmente, um dos tiros atingiu ela na cabeça. Ela estava no colo do pai, ele está desesperado. Eles não estavam na festa, estavam na porta de casa. Foi tudo muito rápido. Eles nem sequer deram socorro. Nós, da família, que levamos ela para a UPA”, contou.

Próximo a casa, em um campo de futebol acontecia uma festa que reunia várias pessoas, neste momento, por volta das 17h, policiais chegaram atirando no local, por causa da aglomeração. Segundo a mulher, um dos disparos atingiu a cabeça da criança. A tia ainda relata que, no local havia outras crianças e houve muita correria na hora dos disparos.

“Tinha muita gente. A polícia chegou atirando, muita gente correu. Meu cunhado estava com minha sobrinha de sete meses no colo. Quando ele ouviu os disparos correu, mas no portão mesmo ele viu sangue na cabeça da criança e foi pedir socorro” relatou.

Em nota a Polícia Militar como de práxis informou que houve troca de tiros no local, a tia da menina, no entanto negou a alegação “Realmente não tinha como ser troca de tiros, porque estava todo mundo, pai de família, na rua. Não tinha vagabundo. Toda vez que tem paredão, a polícia chega metendo bala”, afirmou a mulher.

A criança foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Santo Inácio, mas pela gravidade do caso foi transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE). A menina veio a óbito na manhã do dia 16 de abril e segundo informações, moradores pretendem fazer um novo protesto.

Lúcia Santos Braga teve a morte cerebral confirmada no dia 16 de abril. Foto: Redes Sociais

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