Moradores do bairro Engenho Velho da Federação, em Salvador, protestaram no dia 8 de junho contra a ação policial que matou o jovem Mateus dos Santos Passos, de 22 anos. O protesto iniciou-se por volta de 12h e reuniu cerca de 60 pessoas; os moradores fecharam a avenida Cardeal da Silva com barricadas incendiadas. O protesto foi encerrado as 14h e não houve feridos.
A família de Matheus relata que o jovem saiu com a namorada e amigos para lanchar no dia 8, por volta da 00:30, e na volta para casa policiais passaram atirando. Matheus foi atingido. Ele ainda foi socorrido e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O assassinato ocorreu na rua Vila Vale, na localidade conhecida como Forno.
Matheus tinha voltado para Salvador há um mês, após ter ido morar com a mãe em Santa Catarina. Ele estava trabalhando como ajudante de motorista, mais foi demitido por conta da pandemia de coronavírus, fato que o fez voltar para a capital da Bahia.
Moradores fecham via em protesto contra morte de jovem. Foto: Transalvador
Moradores incendeiam ônibus
Ônibus incendiados em protesto de moradores contra o assassinato de dois jovens, em Salvador. Foto: Banco de Dados AND
No dia 3 de junho, outro protesto contra a violência policial, em Salvador, deixou um ônibus incendiado. Os manifestantes revoltados após a polícia assassinar dois jovens no bairro da Paz, incendiaram o veículo e o deixaram na Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Paralela, por cerca de 2h, bloqueando todo o tráfego no local.
Os moradores contam que os jovens tiveram suas casas invadidas e que foram levados por policiais militares, dentro da viatura e sem nenhuma alegação para o motivo da prisão, na localidade conhecida como Rua do Z, por volta das 16:30 do dia 2 de junho.
“Não houve confronto nenhum. Eles agiram de forma covarde. Pegaram os meninos e levaram. Eles levaram para o hospital já morto. A população está chateada. Eles chegaram invadido as casas e levaram os dois. Eles levaram os dois na mala. Os policiais não falaram nada, não alegaram nada. Só chegaram e lavaram”, relatou um morador em anonimato.