No dia 4 de dezembro ocorreram as eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), num processo bastante conturbado desde seu início. No Campus I, em Salvador, o Departamento de Ciências da Terra (DCET-I) e o Departamento de Educação (DEDC) tiveram suas votações iniciadas com muitas horas de atraso em relação ao horário previsto das 8h, prejudicando os alunos da manhã interessados no processo. O mesmo ocorreu em outros campis do interior.
Não bastando obstantes circunstâncias, a urna do DEDC-I, sem nenhuma justificativa plausível, foi sumariamente descartada junto com seus 341 votos, sob a alegação de “irregularidades na sua ata”. A Comissão Eleitoral do processo estava atrelada à chapa da situação, com integrantes do que há de mais podre hoje no movimento estudantil e que na Bahia cumprem o papel peleguista de camisa de força das lutas servindo exclusivamente à governabilidade da gestão sucateadora da Uneb e da rede estadual de Rui Costa (PT).
A Comissão Eleitoral decretou a vitória da chapa 2, composta pela oportunista União da Juventude Socialista (UJS), pelo Levante Popular da Juventude e demais movimentos por uma diferença de 23 votos em relação à outra chapa.
Cientes que mais do que nunca estão em completa bancarrota, sendo deslegitimados e rechaçados por estudantes de todo país, o oportunismo, não respeitando o processo democrático, aplicou um verdadeiro golpe para poder se perpetuar na gestão do DCE da Uneb.
No dia 5 de dezembro, atendendo a um chamado feito pela chapa 1, estudantes do campus 1 organizaram um ato de repúdio no local onde funciona o DCE exigindo respostas. A comissão eleitoral sabendo previamente da mobilização e temendo a indignação dos estudantes se fez ausente.
Criada em 1983, a Uneb é mantida pelo Governo do Estado da Bahia. Foto: Reprodução