Foto: Betto Jr./Correio
No último dia 28 de outubro, uma jovem de 21 anos, identificada como Beatriz Santos Pereira, morreu durante uma ação da Polícia Militar (PM) no Conjunto Bosque das Bromélias, na Cia-Aeroporto, em Salvador, capital da Bahia. O monopólio da imprensa alegou que, no momento, havia em “confronto” entre policiais e delinquentes.
Beatriz estava dentro de casa e foi atingida no peito depois que a bala atravessou a porta e passou por sua mãe, Maria Eledilva, que ficou ferida de raspão no abdômen.
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A jovem foi encaminhada para o hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu. Segundo Iuri Barreto, marido de Beatriz, em entrevista ao jornal Bahia Meio Dia, a filha do casal, de apenas 11 meses, por pouco não foi atingida.
Foto: Reprodução/TV Bahia
Testemunhas afirmam que a vítima e outros moradores buscavam água em um tanque externo ao prédio onde a jovem morava, quando foram abordados pelos militares. Em seguida, Beatriz voltou para casa temendo o tiroteio. Os policiais militares então atiraram para a casa da jovem acreditando que algum suspeito havia entrado no local.
“Eles chegaram perguntando por um traficante que estaria aqui também. Aqui é assim, a polícia já chega atirando”, contou um morador ao jornal Correio.
Revoltada, a população local foi às ruas e ergueu barricada em chamas contra a morte de Beatriz. A polícia foi acionada e disparou inúmeras balas de borracha contra os moradores.
Mesmo com toda truculência da polícia genocida de Rui Costa/PT, outros bloqueios da pista foram realizados durante o dia, inclusive com novas barricadas na BA-526.
Foto: Betto Jr./Correio