Balões incendiários da Resistência Palestina causam mais de 60 incêndios em terras ocupadas pelo sionismo

Balões incendiários da Resistência Palestina causam mais de 60 incêndios em terras ocupadas pelo sionismo


Membros da Resistência na Faixa de Gaza preparam dispositivos incendiários para lançar contra Israel, 10/08/2020. Foto: Abed Rahim Khatib/Flash90

Na semana do dia 10 de agosto, a Resistência Palestina realizou uma intensa ação de lançamento de balões incendiários contra o sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, causando estragos nas terras ocupadas pelos colonos sionistas. Apenas no dia 11, foram relatados mais de 60 incêndios segundo os bombeiros israelenses. Em um vídeo que circula na internet, é possível ver israelenses tentando conter o fogo causado pelos dispositivos. 

Essa técnica de atar explosivos a balões e pipas se popularizou entre a Resistência palestina durante os protestos de 2018, principalmente na Grande Marcha do Retorno, iniciada naquele ano. Desde então, quase que diariamente esses dispositivos cruzam a fronteira com Israel e ocasionam milhares de incêndios nas fazendas e propriedades dos colonos, apesar de nunca terem causado vítimas. 

Fontes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) declararam ao jornal Al-Quds, sob condição de anonimato, que o objetivo das ações era chamar atenção para as consequências que o bloqueio imposto por Israel contra Gaza desde 2007 têm causado no território palestino, em especial nas atuais circunstâncias da pandemia de Covid-19 e a pressionar Israel a fornecer instalações adicionais.

No fim de 2017, o Hamas havia acordado com o sionismo o fornecimento de instalações novas, melhorar o fornecimento de energia elétrica, diminuir as restrições de circulação transfronteiriça, como a entrada de mercadorias, além de permitir uma doação do Catar para famílias pobres de Gaza, que expira este mês. 

Sob o pretexto de “retaliação” a essa ação dos palestinos que não causou vítima alguma, apenas estragos pontuais, o Exército genocida de Israel atacou a Faixa de Gaza com aviões de combate, helicópteros e tanques. No dia 11/08, a passagem de Rafah, que conecta Gaza e o Egito, foi aberta pela primeira vez desde abril: trata-se da única saída (e entrada) do território que não por meio de Israel.

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