Banco do Brasil vai fechar agências e demitir cinco mil funcionários

Banco do Brasil vai fechar agências e demitir cinco mil funcionários

Obedecendo a longa lista de privatizações do ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo federal anunciou no dia 11/01 que irá demitir cinco mil trabalhadores do Banco do Brasil por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV). Além das demissões, serão fechadas 112 agências, 242 postos de atendimento (PA) e sete escritórios, num total de 361 unidades em todo o País.

Charge Marcio Baraldi

A situação das agências bancárias já é caótica. Com a medida, que representa o desmonte de um banco público, além da sobrecarga de trabalho dos funcionários aumentar, o atendimento à população, que já é precário, se tornará inviável.
Os cortes ocorrerão principalmente no norte e nordeste. As cidades do interior são as que mais serão afetadas, já que algumas, inclusive as mais isoladas, ficarão sem nenhuma agência.
O novo PDV prevê duas modalidades de desligamento: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. O objetivo é deixar cinco mil pessoas desempregadas.
O banco também pretende fazer mudanças no atual modelo de remuneração dos caixas executivos, que deixariam de ter a gratificação permanente a passariam a ter uma gratificação proporcional apenas aos dias de atuação. Alguns funcionários passarão a receber só 50% do salário e deixarão de ganhar comissão.

Bancários se manifestam contra 

Funcionários de agências e outros locais de trabalho no banco deram início, no dia 15/01, ao que será uma série de atos contra a reestruturação. Em vários pontos do país ocorreram protestos contra o plano de desmonte do Banco do Brasil.
“É o primeiro dia de manifestações e teremos várias outras. Vamos lutar, vamos nos unir. Precisamos reagir contra a precarização do atendimento no Banco do Brasil e principalmente contra a retirada de direitos dos funcionários”, declarou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O fantasma da privatização

A redução da presença física do Banco do Brasil não é de hoje. Durante o governo Temer foi anunciado um corte de 9,3 mil trabalhadores sob a declaração de que “havia funcionários ‘desnecessários’”. Enquanto isso, o banco obteve lucro recorde de R$ 3,188 bilhões

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