Trabalhadores e trabalhadoras da indústria têxtil de juta protestam na avenida Dhaka Chattogram, em Cumilla. Foto: Star
Centenas de trabalhadoras e trabalhadores da indústria têxtil, especificamente de uma fábrica de juta, realizaram um protesto combativo contra a administração da empresa, no dia 28 de julho, na cidade de Cumilla, metrópole de Chittagongue, exigindo o pagamento de seus salário.
Em sua maioria mulheres, as operárias e operários da fábrica de têxtil Asha se reuniram exigindo o pagamento pendente de seus salários e em denúncia aos administradores da empresa. Queimando pneus e levantando cartazes, os trabalhadores protestaram na Avenida Dhaka-Chattogram.
As operárias denunciavam que a falta de pagamento dos salários e a falta empregos alternativos, somado com o descaso do velho Estado em apoiar os trabalhadores e trabalhadoras, os força a entrar em uma armadilha de dívidas, com a pandemia aprofundando ainda mais a miséria e carestia do povo.
Segundo o jornal do monopólio Newsclick, os operários denunciaram que sempre quando os trabalhadores têxteis se unem e exigem seus direitos, as autoridades do velho Estado “sugerem” que eles voltem a trabalhar e não oferecem compromisso sério e de longo prazo para com os operários. “Nós só temos garantias quanto às medidas temporárias; a crise salarial dos trabalhadores permanece a mesma, que continua recorrente de tempos em tempos”, disse um dos trabalhadores ao portal.
A indústria de juta de Bagladesh, grande parte sendo estatais a serviço do imperialismo, gera cerca de 1 bilhão de dólares anualmente. No entanto, dentro da crise geral do imperialismo, diversas fábricas estão sendo fechadas, com cerca de 25 mil operários demitidos e jogados à miséria no país.
Dentro desse contexto, em maio deste ano, cerca de 80 mil trabalhadores de 27 fábricas de juta da Bangladesh Jute Mills Corporation entraram em greve contra os grandes burgueses da empresa, exigindo seus salários. O velho Estado, por sua vez, responde com perseguição, com líderes de sindicato sendo presos e interrogados por organizarem protestos, como ocorrido no distrito de Khulna, com os líderes Oliar Rehman e Nur Islam.
Vídeo dos trabalhadores no protesto do dia 28: