Povo de Bangladesh marcha contra estupros e torturas de mulheres na Universidade de Dhaka no dia 05 de Setembro. Foto: Sourav Lasker
Centenas de pessoas tomaram as ruas de Dhaka, capital de Bangladesh, em protesto contra os crimes de estupro perpetrados as mulheres no país nos dias 5, 6 e 7 de outubro, após um vídeo de estupro coletivo ter viralizado na internet.
No dia 7 de outubro, centenas de pessoas, na sua maioria estudantes, marcharam em protesto aos estupros e à violência generalizada contra as mulheres no país, em crescente revolta contra o governo de turno do país e seu descaso com a vida das mulheres do povo. Cartazes com os dizeres Queimem a casa dos estupradores! e Degolem os estupradores! foram vistos na manifestação.
Um dia antes, centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Museu Nacional e marcharam até a casa do primeiro-ministro exigindo sua resignação, o acusando de não tomar as medidas necessárias para lutar contra as práticas de estupro e tortura das mulheres. Com cartazes exigindo punição aos estupradores, os manifestantes foram reprimidos pelas forças da repressão, com ao menos dez sendo feridos, a maioria estudantes.
Já no dia 5 de setembro, quando ocorreu o primeiro protesto, manifestantes começaram o protesto bloqueando a intersecção Dhaka-Gazipur por cerca de duas horas, com cartazes e discursos sendo proferidos exigindo punição a todos os estupradores.
Os protestos vêm diante do rechaço do povo à quarta montanha, a da opressão feminina, e os crimes perpetrados diariamente contra as mulheres do povo, após um vídeo de estupro de uma jovem Dalit na índia ter circulado em Bangladesh e diversos membros da juventude do partido eleito de turno de Bangladesh (o partido “Liga Popular de Bangladesh”) terem sido presos por estupro coletivo.