Foto: El Alteño
O jovem Jhonatan Quispe Vila, estudante da Universidade Pública de El Alto (Upea), foi assassinado pela polícia do governo semicolonial de Evo Morales durante um protesto que exigia o estabelecimento de um orçamento para a própria universidade em que estudava, no dia 24 de maio, em El Alto, região central do país. Jhonatan cursava comunicação social e foi atingido no peito com uma arma ilegal.
Durante o protesto, Jhonatan se retirou com um grupo de estudantes por serem atacados com gás lacrimogêneo. A polícia os perseguiu até alcançarem uma rua onde localiza-se o prédio da Procuradoria Geral. Todos foram encurralados pela polícia da Unidade Tática de Operações Policiais (Utop). Os policiais estavam cercando a multidão, rondando com motos e arremessando contra as massas bombas de gás lacrimogêneo. Jhonatan foi morto ali.
Segundo a autópsia realizada no corpo do jovem, uma bola de vidro foi encontrada em seu corpo.
Imediatamente após a morte, o ministro de Governo de Morales, Carlos Romero, oficializou o parecer do crime antes do ministério público dirigir a investigação. Este decretou que o projétil veio de um “tubo de papelão”, fazendo menção aos fogos de artifício utilizado pelos manifestantes. Entretanto, a autópsia relata que a informação improcede e um disparo emitido pelo tubo seria incapaz de arrancar o coração e os pulmões do manifestante.
Governo reconhece seu crime
Após massiva mobilização popular, o ministro de Governo assumiu que o assassino do estudante foi o tenente da polícia Christian Casanova Condori, em entrevista ao monopólio de imprensa, no dia 31 de maio.
Estudantes da Upea e manifestantes denunciaram que o velho Estado tem promovido uma campanha de perseguição contra todos que declaram que a gerência de Evo Morales é a responsável pela morte de Jhonathan e de tantos outros da massa do povo que tiveram seus casos sem investigação.