Bolsonaro assina decreto que permite vinda de militares do USA no País para treinamentos até 2028

Bolsonaro assina decreto que permite vinda de militares do USA no País para treinamentos até 2028

Militares ianques navegam pelo Rio Negro, na Amazônia brasileira. Foto: Reprodução.

O presidente fascista, Jair Bolsonaro, assinou um decreto autorizando a entrada e permanência de agentes militares do USA no Brasil. Eles participarão de um treinamento na região do Vale do Paraíba, localizado entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, entre os dias 28 de novembro e 18 de dezembro.

O decreto presidencial permitindo a entrada e permanência temporária de tropas imperialistas no país foi publicado no Diário Oficial da União no dia 14 de outubro.

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O exercício militar será feito com a participação da 101ª Divisão de Assalto Aéreo do Exército ianque em conjunto com a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) e o 5º Batalhão de Infantaria Leve do Exército reacionário brasileiro. O treinamento é chamado de adestramento combinado ou Operações Combinadas e Exercícios de Rotação (Core 21, na sigla em inglês).

Soldados ianques durante visita ao Comando Militar da Amazônia, em Manaus. Foto: Reprodução

Governo Bolsonaro aprofunda a dominação imperialista

O acordo feito pelo governo brasileiro com o exército ianque se deu em 2010, durante o governo do oportunista Luiz Inácio. Trata-se do acordo bilateral de cooperação em matéria de defesa, assinado em Washington em 12 de abril de 2010.

O “Acordo entre o governo da República Federativa do Brasil e o governo dos Estados Unidos da América sobre cooperação em matéria de defesa” foi firmado em 12 de abril de 2010, pelo então ministro da Defesa, Nélson Jobim e promulgado em 18 de dezembro de 2015 durante o governo Dilma. Nele, os exercícios conjuntos estão previstos no Artigo I. Ele define, entre outros pontos, a “participação em treinamento e instrução militar combinados, exercícios militares conjuntos e o intercâmbio de informações relacionado a esses temas”.

O atual exercício conjunto pelos dois exércitos tem origem em outubro de 2020, durante a 36ª Conferência Bilateral de Estado-Maior Brasil-EUA, ocorrida em outubro de 2020. O acordo prevê exercícios conjuntos que serão realizados todos os anos até 2028.

O caráter imperialista deste “exercício militar” é declarado de maneira aberta e explícita quando o objetivo principal fixado é o de aumentar a “interoperabilidade entre os dois exércitos”, e não somente a “cooperação técnica”.

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Bolsonaro presta continência a bandeira do USA, provando ser um vassalo submisso. Foto: Reprodução

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