Bolsonaro genocida e seu grupelho fascista serão esmagados com atos e não palavras

Bolsonaro genocida e seu grupelho fascista serão esmagados com atos e não palavras

Como bom lacaio do imperialismo ianque, Bolsonaro vai a ato fascista com a bandeira de seus patrões

Ontem, 03/05, seguindo a velha tática de agente provocador, Bolsonaro compareceu novamente a uma manifestação golpista. No seu discurso, disse que as “Forças Armadas estão com o povo” (ele acha que o povo e ele são uma coisa só, logo, as Forças Armadas estão com ele) e que a paciência (dele) acabou. Repetiram-se as faixas e palavras-de-ordem clamando: “Intervenção militar com Bolsonaro no poder”. No sábado, havia conversado, em reunião cujo teor não veio a público, com seus ministros militares e os chefes das Forças Armadas. Enquanto isso, o povo morre à míngua de fome e de doença, sem que nada, absolutamente nada, seja feito. Apenas 11% dos leitos prometidos pelo governo federal no início da pandemia foram entregues até agora. Bolsonaro é caso único no mundo de genocida declarado.

Como se vê, o golpe militar já está em nova fase. O “Messias” da Barra da Tijuca tem comparecido frequentemente em cerimônias militares e há quem diga que estuda a substituição do atual Comandante do Exército reacionário, Edson Pujol, por outro general mais próximo. Se o que vem a público é o que temos visto, imaginem o que se está discutindo nos bastidores, no seio do partido fascista cujo cabecilha é Bolsonaro! Como para eles não valem as leis, os bandidos avançam, e já passaram aos ataques físicos a profissionais de saúde e qualquer um que ouse desdizer o “líder”. Párias, querem fazer do Brasil uma colônia norte-americana, decerto para assumir nela a posição de feitores (o máximo que lhes seria permitido), enquanto às massas populares restaria o retorno à escravidão.

Enquanto isso, as “otoridades” desta republiqueta bananeira se calam ou cumpliciam. Algumas, poucas, que têm sido alvo direto das hordas do capitão do mato, falam em “investigar e punir” mas de fato nada fazem. Pessoas com altos cargos, salários, benesses, ágeis como falcões para decidir contra os direitos do povo, amansam a voz e o tom para defender as sacrossantas “instituições”, como se estas não estivessem desde há muito profanadas em praça pública. Em 2013, manifestações realmente massivas e espontâneas, que levaram milhões de pessoas às ruas em todas as cidades brasileiras, foram reprimidas com selvageria país afora e centenas de pessoas foram processadas e presas – nenhuma delas, membro das forças policiais, cujo arbítrio foi amplamente registrado. Em 2020, um grupelho numericamente irrelevante agride trabalhadores, desrespeita as medidas adotadas pelo próprio Estado acerca da pandemia, propaga o AI-5 e nada acontece.

É com esta consequência que os “liberais” – incluindo entre eles a esquerda oportunista – pretendem deter o golpe militar em marcha. Para eles, não são as massas, e sim as notas, que fazem a história. Isto não funcionou jamais em lugar algum; tampouco funcionará agora. Na verdade, facilitam a tarefa de Bolsonaro, deixando-o sozinho a posar de Mussolini suburbano de um lado enquanto todo o putrefato sistema político treme abraçado de outro.

É preciso que os movimentos populares encontrem formas de se mobilizar, e logo. Bolsonaro não fala em nome do povo: com ele, marcha uma pequena minoria, raivosa, truculenta, resistente, mas ainda assim minoria. Compare-se as manifestações golpistas de Brasília, que reúnem algumas centenas, com as similares que ocorrem em outras capitais, reunindo não raro menos de dez pessoas. O que isto prova? Que os atos na capital federal nada têm de espontâneos, são organizados e pagos a partir do Palácio do Planalto. Quem for a alguma agência da Caixa Econômica verá que o povo humilhado nas imensas filas não tem grande simpatia pelas hordas fascistas, porque percebe de longe o cheiro da sua própria carne queimando. No entanto, se apenas os reacionários ocupam as ruas, e se apenas eles mobilizam ativamente os seus, as aparências podem levar muitas pessoas ao engano, deixando a seguir de ser apenas aparências. Coesão é força, sobretudo nos momentos de crise.

Somente a classe operária e as massas trabalhadoras mobilizadas detêm a reação e o fascismo. Será isso ou então não será nada.

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