Lambe-botas de Donald Trump, Eduardo Bolsonaro posa com boné de seu ídolo. Foto: Reprodução
Eduardo Bolsonaro, filho do atual presidente e representante de sua linha extrema-direitista, pode ser indicado a embaixador brasileiro no USA. O anúncio foi feito por Jair Bolsonaro em declaração pública no dia 11 de julho.
A declaração causou indignação entre a diplomacia e a opinião pública em geral. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, afirmou que tal caso trata-se de nepotismo (quando uma autoridade utiliza-se do poder para favorecer parentes).
Eduardo completou 35 anos justamente no dia do anúncio; a idade mínima para ser nomeado diplomata, por sua vez, é justamente 35 anos. O fascista-pai, Jair Bolsonaro, afirmou que “isso já estava no radar”, referindo-se à nomeação do filho para diplomata em Washington, e disse ainda que a atitude é natural.
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Não é de hoje as polêmicas envolvendo Eduardo. Em outubro de 2018, ele afirmou, em uma palestra realizada em Cascavel (PR), que se o STF impugnasse a candidatura de seu pai à presidência eles “pagariam para ver”, emendando: “Será que eles vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca lá, cara: ‘se quiser fechar o STF, você sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo'”.
Tudo indica que o objetivo de Bolsonaro, ademais de nepotismo, é colocar alguém comprometido com seu projeto em contato próximo com o imperialismo ianque, visando conquistar e ampliar o apoio a seu golpe fascista.