Bolsonaro e o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan. Foto: Reprodução
O presidente fascista Jair Bolsonaro teve um encontro fora da agenda oficial com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, no dia 5 de agosto, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O encontrou foi divulgado pela embaixada dos EUA via redes sociais. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que a visita da delegação visa melhorar a estabilidade regional, ajudar a abrir caminho para a recuperação da pandemia da Covid-19 e “fortalecer a parceria estratégica entre EUA e Brasil”.
Sullivan também terá encontros com os ministros Braga Netto (Defesa) e Carlos França (Relações Exteriores).
De acordo com o monopólio de imprensa Globo, um alto funcionário do governo americano alegou que o conselheiro veio ao Brasil para tratar sobre assuntos ambientais, em especial sobre a região amazônica, sobre a qual o presidente dos EUA Joe Biden mantém grande interesse.
Segundo ele, o governo Biden deve apoiar a entrada do Brasil na Organização para Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O governo Bolsonaro também deseja obter recursos financeiros americanos para ações de “preservação na Amazônia”, contudo o governo americano afirma que para isso o Brasil precisaria facilitar a “fiscalização internacional na região”.
Outro tema que possivelmente foi discutido na viagem do conselheiro ianque ao Brasil é a questão do uso da tecnologia 5G, os estadunidenses tentam impedir o avanço chinês no mercado tecnológico brasileiro.
Já é a segunda vez dentro de pouco mais de um mês que um funcionário do alto escalão do governo ianque vem ao Brasil para ter reuniões com Bolsonaro e generais.
No dia 1º de julho, o chefe da Agência Central de Inteligência (CIA, em inglês), Willians J. Burns, veio ao país para se encontrar com Bolsonaro e com ministros-generais como Braga Netto e Augusto Heleno do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil). Também participou do encontro o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. A visita da agência de espionagem ianque também foi feita fora da agenda oficial e o seu motivo não foi totalmente esclarecido para a imprensa.
Após esse encontro, Ramagem cobrou das superintendências regionais da Abin, mais relatórios sobre as manifestações contra o governo militar.