A Embaixada francesa e a sede do Exército semicolonial de Burkina Faso foram atacadas por combatentes da Resistência Nacional em um ataque coordenado, no início de março, na capital Ouagadougou. O ataque, movido por grupos armados islâmicos, faz parte da resistência contra a intervenção militar francesa na região.
O ataque foi empreendido com explosivos e, em seguida, com homens armados que estavam disfarçados como militares. A primeira explosão teve como alvo a sede do Exército, deixando mais de 50 feridos e, em seguida, um grupo de cinco combatentes tentou invadir a Embaixada francesa.
Segundo estimativas da reação, ao menos 12 combatentes foram mobilizados na ação.
Resistência ao imperialismo
Burkina Faso foi arrastada para a guerra graças à intervenção militar do imperialismo francês contra o Mali, ainda em 2013, para recuperar territórios econômica e militarmente estratégicos, no Norte do país, que haviam sido tomados por grupos armados islâmicos, que aplicam nos territórios uma estrutura econômica latifundiária.
A região Norte do Mali é extremamente rica em urânio, ouro, petróleo e tem reservas estratégicas de minério de ferro, bauxita e manganês pouco explorados, além de uma posição militar privilegiada à geopolítica.
Na sua guerra contra os grupos armados islâmicos – convertidos pela agressão imperialista em grupos da Resistência Nacional – o imperialismo francês ampliou sua guerra aos países limítrofes, como Chade, Somália, Níger e Burkina Faso, ampliando assim, também, a Resistência Nacional para dentro desses países. Assim, conforme ampliava a guerra imperialista para essas regiões, novas massas foram aderindo aos grupos armados islâmicos.