No dia 11 de julho, uma lei que persegue homossexuais foi instituída em Burkina Faso. A lei prevê a aplicação de penas e castigos a homossexuais, passando a punições públicas nos “casos mais leves”, podendo chegar a longas penas de prisão ou até a pena de morte. Com a medida reacionária, Burkina Faso passou a integrar uma lista dos 22 regimes reacionários pró-imperialistas e antipovo do continente africano que não permitem relações entre pessoas do mesmo sexo.
O regime militar de Burkina Faso tem à frente Ibrahim Traoré desde 2022, quando o imperialismo francês foi expulso do país, e é atualmente apoiado pelo imperialismo russo.
Segundo o conselho, o decreto busca a criação de um novo Código de Pessoa e Família (CPF) que “consagre a proibição da homossexualidade no país”. “A partir de agora, a homossexualidade e as práticas relacionadas são proibidas e punidas por lei”, declarou o Ministro da Justiça do regime, Edasso Rodrigue Bayala. As sanções e os julgamentos previstos ainda não foram divulgados e serão aprovados pela assembleia do país.
O governo militar em Burkina Faso, que coordena o país desde 2022, expulsou as tropas imperialistas da França do país e reorganizou as forças armadas reacionárias para combater o “problema do terrorismo” no país.
Aqueles episódios trataram-se, na realidade, de pugnas dos grupos de poder interno insuflados pela disputa inter-imperialista, aos quais os militares de Burkina Faso envolveram-se. Dado o caráter de classe pró-imperialista e por representar os interesses dos diferentes grupos das classes dominantes de latifundiários e grandes burgueses, não poderiam avançar no sentido de dar consequência ao caminho democrático revolucionário. A consequência foi que o país tornou-se novamente refém do imperialismo, desta vez russo: grupos militares russos vincularam-se ao novo regime de Burkina Faso e assinaram acordos prevendo atuações de empresas em nome de Moscou.