Um grupo de pistoleiros ateou fogo na produção camponesa dos moradores do Engenho Barro Branco, na cidade de Jaqueira, Pernambuco, nos últimos dias 19 e 20 de março. A denúncia foi feita por um camponês por meio da página do instagram do Comitê de Apoio aos Posseiros de Barro Branco (@comitedeapoiobarrobranco). Na denúncia, o camponês atribuiu o crime a um latifundiário local envolvido na disputa de terras da região.
Segundo a denúncia, os pistoleiros chegaram escondidos, talvez para não se confrontarem com a resistência camponesa que lá se desenvolve, na madrugada dos dias 19/03 e 20/03, e então atearam fogo na plantação dos posseiros. Bananeiras, pés de caju e outras plantações foram comprometidas pelo incêndio criminoso, que só foi contido pela mobilização dos moradores.
Durante a nota, os posseiros afirmaram que não se intimidariam pelo crime. Pelo contrário, os posseiros afirmam que “não irão deixar suas plantações serem queimadas impunemente, e irão lutar por cada centímetro de terra do Engenho Barro Branco para acabar de uma vez por todas com o latifúndio na região”, confome diz a nota publicada no Instagram.
O Engenho Barro Branco tem sido um dos principais palcos da luta pela terra no País. No final de setembro do ano passado, os camponeses efetuaram uma heroica, expulsando o bando paramilitar da “Invasão Zero”, muitos financiados pelo latifundiário Guilherme Maranhão, que estavam invadindo o acampamento com mais de 50 pistoleiros.
Na ocasião, os pistoleiros saíram correndo e dois deles, sendo um o líder do “Invasão Zero” em Pernambuco, ficaram feridos por tiros de arma de fogo. O episódio ficou conhecido pelos camponeses locais como “Batalha Feroz de Barro Branco”.