Lama matou 350 pessoas para gerar superlucros a um punhado de acionistas. Bombeiros / Divulgação
Camponeses da zona rural de Brumadinho fecharam a entrada de uma mina da Vale em protesto, no dia 13 de fevereiro, para exigir melhorias no transporte oferecido pela empresa após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, que matou aproximadamente 350 pessoas. Uma barricada com pneus de caminhões da empresa foram incendiados.
Por volta de 8 horas da manhã, dezenas de moradores dos bairros de Casa Branca e Aranha fecharam a única estrada que liga o centro da cidade a vários outros bairros da zona rural.
Os camponeses rechaçam o descaso da Vale com relação ao transporte, porque o rompimento da barragem isolou a zona rural do centro urbano. A Vale, que a princípio assumiu a responsabilidade de garantir transporte decente para os moradores, não dispõe transporte em quantidade e qualidade necessárias.
Segundo o camponês José Antônio Gontijo, após o protesto a Vale comprometeu-se a disponivilizar mais ônibus e vans para o transporte até o centro urbano, além de instalar um caixa eletrônico no bairro zuzal e manter uma ambulância 24 horas na região. ‘Se não cumprirem, vamos fechar de novo. Nós temos que brigar para tirar o mínimo.”, indigna-se.