No começo do mês de maio, em um julgamento que mobilizou a pequena cidade de Arari, no Maranhão, os cinco militantes da organização camponesa Fóruns e Redes de Cidadania, então detidos por motivações políticas, tiveram suas prisões revogadas após 70 dias de cárcere. A detenção arbitrária fomentou diversas mobilizações e manifestações desde o dia 28 de fevereiro, data das prisões, e se transformou num símbolo da luta contra os latifundiários grileiros da região.
Após a revogação das prisões, os militantes do movimento reforçaram suas posições de luta e de críticas ao judiciário, chamado pela organização de “capataz do latifundiário”, cujas propostas de negociação não escondiam o compromisso com os grileiros. Em nota, o movimento ressaltou que a libertação dos militantes era uma vitória de todas as entidades e organizações que apoiaram e se solidarizaram com a luta dos camponeses.
No dia 6 de março, o AND publicou uma reportagem falando da primeira manifestação que ocorreu em Arari em defesa dos ativistas, e alertou sobre o cerco que o governo estadual de Flávio Dino/PCdoB estava impondo às comunidades camponesas, e todos os crimes praticados pelo velho Estado na região.
Foto da manifestação enviada à redação de A Nova Democracia pelo Movimento Fóruns e Redes. Abril de 2019.