Carandiru: 25 anos de impunidade!

Carandiru: 25 anos de impunidade!

A chacina de 111 detentos ocorrida em 1992, conhecida como o Massacre do Carandiru, na Zona Norte da capital paulista, completou 25 anos no dia 2 de outubro sem que ninguém – além dos detentos, suas famílias e os sobreviventes – tenha sido punido.

Há 25 anos uma rebelião que se iniciou com uma briga entre dois detentos se transformou no maior massacre da história do sistema penitenciário brasileiro. Entre 2013 e 2014, o Tribunal do Júri de SP condenou 73 PMs e policias civis pelas mortes, em sentenças que iam de 48 à 624 anos de prisão. No entanto, os policias nunca foram presos, até que em 2016 três desembargadores do Tribunal de Justiça anularam o julgamento, afirmando que “não houve massacre, houve legítima defesa”.

Legitima defesa? O massacre ocorreu em um presídio super lotado, com 7 mil detentos. Participaram dele três tropas de repressão do velho Estado: a Rota, o Gate e o Goe. A perícia comprovou que 93 detentos foram mortos atingidos por projéteis de arma de fogo e 90% dos tiros foram disparados para dentro das celas superlotadas.

A maioria dos detentos assassinados eram réus primários e ainda não haviam sido julgados e condenados. O caso segue sob segredo de justiça porque a defesa dos policiais conseguiu autorização judicial para que os nomes dos PMs não fossem divulgados. Das 111 famílias, somente 43 foram indenizadas.

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