Caravana de imigrantes se instala na fronteira entre México e USA

Caravana de imigrantes se instala na fronteira entre México e USA

Tropas ianques com milhares de soldados se preparam para impedir o ingresso

Segundo agências de notícias internacionais, em 15 de novembro mais de 3 mil pessoas da caravana de imigrantes chegaram a Tijuana, cidade mexicana fronteiriça com USA, provenientes de Honduras.  Percorreram 4,3 mil quilômetros em pouco mais de um mês, boa parte a pé. Gente humilde, famílias inteiras com crianças, desesperados.

A caravana de migrantes começou sua marcha na primeira quinzena de outubro, na cidade de São Pedro de Sula em Honduras, com número estimado de mil participantes. Existem diversas versões sobre como teve início a organização: alguns dizem que foi pelas redes sociais e outros que foi a partir de um ato público. Mas, o determinante para essa gente iniciar a incrível jornada é o desemprego, a violência e a corrupção que vigoram em seus países, não só em Honduras, mas em toda a região.

O presidente de USA, Donald Trump, tem ameaçado com represálias os países de onde provêm e por onde passam os migrantes, objetivando fazer os governos impedirem o avanço, sem sucesso. Isso parece ser a causa de muitas informações desencontradas sobre a marcha.

Em Honduras onde vigora uma forte censura à imprensa, o governo se declarou contrário à marcha, mas sabe-se que ela lhe convém, na medida em que a maior fonte de renda do país é composta pelo dinheiro que mandam os hondurenhos que vivem em USA. Além de que a própria saída de cidadãos do lugar alivia a pressão das demandas internas.

Guatemala e México, países por onde passaram e passam os imigrantes, foram montados diversos cercos e realizadas ofertas para impedir ou desestimular o prosseguimento da marcha. Os governos locais têm tido interesse em demonstrar disposição de barrar a marcha e em expor o “resultado” nas estratégias. Assim tem sido relatada ora a desistência de milhares, ora a participação de milhares se somando a marcha provenientes de outros países da região como El Salvador, Nicarágua, Guatemala e outros. Segundo as Nações Unidas, hoje a marcha reúne algo mais de 7 mil pessoas.

A reação final com a chegada da marcha ao USA e seu desenlace também é de difícil previsão. O Donald Trump, que assegurou que não entrarão em USA, como de costume tem usado argumentações inusitadas acusando o grupo de “infiltrado de terroristas islâmicos” e do “tráfico de drogas”. As forças ianques mobilizadas para o local contam com mais de 2 mil membros da Guarda Nacional e um contingente muito maior de tropas do Exército, prontos para intervir.

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