Carlo Caiado (PSD) é reeleito presidente da Câmara Municipal do Rio com apoio de PT e PSOL

Conhecido como “inimigo da educação”, Carlo Caiado (PSD) é reeleito de forma unanime para presidir a Câmara do Rio, contando com votos de partidos da extrema direita até a chamada “bancada de esquerda”.
Maíra do MST comemora vitória de Carlo Caiado Foto: Facebook Carlo Caiado

Carlo Caiado (PSD) é reeleito presidente da Câmara Municipal do Rio com apoio de PT e PSOL

Conhecido como “inimigo da educação”, Carlo Caiado (PSD) é reeleito de forma unanime para presidir a Câmara do Rio, contando com votos de partidos da extrema direita até a chamada “bancada de esquerda”.

O presidente da câmara dos vereadores Carlo Caiado foi reeleito por unanimidade no dia 1º de janeiro. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE-RJ), publicou uma nota repudiando o apoio da chamada “bancada da esquerda” na reeleição de Carlo Caiado. No ano passado, a pedido do reacionário prefeito Eduardo Paes (PSD), o vereador foi uma das lideranças do PLC 186/2024, que eleva a carga horária dos servidores sem qualquer remuneração, além de retirar uma série de outros direitos das categorias.

Eleito ao cargo em chapa única, contando com 51 votos favoráveis e 0 contrários, a votação contou com nomes como Tainá de Paula (PT), que também votou a favor do PLC 186 e Rick Azevedo (PSOL), eleito sob a promessa de lutar contra as cargas horárias abusivas e por uma vida além do trabalho.

Um trecho da nota diz que o presidente reeleito foi declarado inimigo da educação pela categoria, reunida em assembleia. Também consta que ele “foi reeleito por unanimidade pela base do governo, o que inclui PT e PDT, e, para a surpresa dos profissionais de educação, pela bancada do PSOL.”

A surpresa se dá ao fato da ajuda da bancada do PSOL nesta votação unanime, pois muitos deles frequentaram as assembleias dos professores, jurando apoio à classe e rechaçando o voto de vereadores do PT a favor da PLC 186/2024, porém, em 2025, votaram pela reeleição de Caiado.

Leonel Querino Da Silva Neto, conhecido como Leonel de Esquerda (PT), foi um dos vereadores que votou junto à direita e à extrema-direita pela recondução de Carlo Caiado à Presidência da Câmara. O vereador era um dos que frequentava as assembleias dos professores e prometia um mandato em defesa da educação e dos trabalhadores do município.

Leonel comentou na nota publicada no Instagram do SEPE-RJ, que se abster da votação ou formar chapa minoritária seria “suicídio coletivo da esquerda na câmara municipal”. Segundo ele, ficariam isolados e perderiam a chance de emplacar um projeto de lei progressista e se abriria espaço para a extrema-direita. E terminou com os dizeres: “O SEPE não aposta no enfraquecimento da nossa bancada, né!? Então, por favor, não nos peça para abdicar do mínimo de estratégia política…”

Nos comentários, a maioria dos internautas questionou o posicionamento e disse estar decepcionados com os vereadores de “esquerda” recém-eleitos. “Argumentação ridícula”, “conta outra história!”, “votei em você, mas a bancada do seu partido protagonizou a maior vergonha da história da Câmara do Rio”, foram alguns dos comentários direcionados ao posicionamento de Leonel.

E por fim, finaliza a nota enfatizando que o SEPE-RJ “fazendo jus à sua independência de partidos e governos, repudia que parlamentares e partidos de oposição, os quais se apresentam como defensores da Educação Pública e dos profissionais de educação, ajudem na recondução de Carlos Caiado à Presidência da Câmara, este que é um dos principais algozes da categoria.”

Categoria segue em luta

Os profissionais da educação seguem em estado de mobilização contra os ataques proferidos pela Câmara dos Vereadores contra o serviço público. Uma nova assembleia do SEPE está marcada para a primeira semana de fevereiro, onde será discutido o retorno à greve. 

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