AM: Carreteiros da Super Trans entram em greve exigindo melhores condições de trabalho

Trabalhadores denunciam salários parcelados e defasados, horas extras mal pagas, irregularidade no banco de horas e falta de reajuste no vale alimentação.
"Trabalhamos duro, mas recebemos o salário em pedaços. É uma falta de respeito com quem sustenta a operação”, denunciam carreteiros. Foto: Reprodução

AM: Carreteiros da Super Trans entram em greve exigindo melhores condições de trabalho

Trabalhadores denunciam salários parcelados e defasados, horas extras mal pagas, irregularidade no banco de horas e falta de reajuste no vale alimentação.

Trabalhadores da empresa Super Trans Transporte Logística e Serviços Ltda. realizaram na manhã desta quarta-feira (07/05), um protesto em frente à sede da corporação, localizada na Avenida Abiurana, nº 1251, Distrito Industrial I, em Manaus.

A paralisação reuniu dezenas de carreteiros, com a adesão de funcionários da Super Terminais. Ambos os grupos denunciam negligências como salários defasados, horas extras mal pagas, falta de reajuste no vale-alimentação, irregularidades no banco de horas, inexistência de diálogo com a gestão da empresa e parcelamento de salários.

“Trabalhamos duro, mas recebemos o salário em pedaços. É uma falta de respeito com quem sustenta a operação”, relatou um motorista ao portal CM7, preferindo não se identificar.

Fundada em 2006, a Super Trans atua no transporte rodoviário de contêineres para empresas do Polo Industrial de Manaus. Dirigida por Marcello Di Gregorio e gerenciada pela holding Yamagami Investimentos Ltda., a empresa afirma, em seu site institucional, estar comprometida com “a satisfação do cliente, prezando pela transparência e eficiência” .

No entanto, os trabalhadores acusam a gestão de não atender às suas demandas primordiais e chamam a atenção para o fato de que pelo menos 10 funcionários pediram demissão, evidenciando que a situação já se estende há meses sem que qualquer medida tenha sido tomada.

Em vídeos filmados pelos próprios grevistas no local de concentração do ato, na sede da empresa, os manifestantes exibem faixas e cartazes e demonstram as condições precárias do ambiente de trabalho. “A gente fica numa fila no sol quente para almoçar, debaixo de um ninho de pombo. É humilhante. Ninguém sobrevive com Sodexo de 100 reais”, comunicou um grevista ao jornal Radar Amazônico.

Até o momento, a Super Trans não se manifestou publicamente sobre a greve.

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