A ocupação sionista em Gaza destruiu, em agosto, por bombardeios aéreos, a casa de médica Soma Baroud, localizada na cidade de Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza. Soma descobriu a destruição recentemente.
Soma Baroud é a irmã do Dr. Ramzy Baroud, acadêmico e jornalista estadunidense-palestino, Editor do portal Palestine Chronicle e membro do Conselho Editorial de AND.
A destruição foi mais um dos crimes da ocupação sionista que atingiram a família Baroud. Logo no início da guerra, o marido de Soma, professor universitário por mais de 30 anos, desapareceu e até hoje não foi encontrado; ele consta na lista dos mais de 10 mil desaparecidos em Gaza, muitos dos quais presumidos como mortos pela agressão israelense.
O portal Palestine Chronicle relatou que a médica fez tudo que podia para proteger a família e sua casa.
Soma Baroud e seu filho, Yazan, denunciaram o crime da agressão por meio de dois textos, publicados no portal Palestine Chronicle. Ela ressalta que foram “três décadas de vida, de memórias, de conquistas”, e “tudo se transformou em escombros”.
Um vídeo gravado por Yazan registrou as cenas da sua casa e seu bairro demolidos pelo regime israelense.
Retomando o momento de quando viu a casa em escombros, Yazan denuncia que “quando cheguei ao nosso antigo bairro, me perdi. Não conseguia reconhecer nada. A paisagem havia sido alterada. Andei em várias direções até me fixar no lugar onde nossa casa deveria estar”.
“Assim que me orientei com as mudanças resultantes da destruição israelense da área, encontrei o monte de entulho que é, ou era, nossa casa”.
“Eu o reconheci por causa de uma pequena área no quintal onde meu pai havia plantado árvores de Natal . Embora tudo estivesse destruído, uma pequena árvore ainda estava de pé”.
Dentre os pertences perdidos, estavam fotografias e pedaços de papéis com as letras e desenhos dos filhos de Soma quando crianças. “Os próprios detalhes da vida do meu marido, que foi martirizado ou continua desaparecido, só Deus sabe, estavam todos lá. Eu queria manter tudo exatamente onde ele deixou antes da guerra”, detalha Soma.
O crime contra Soma se soma aos outros números do genocídio sionista na Faixa de Gaza, respondido dia após dia pelas ações populares, políticas e armadas, do povo palestino e sua Resistência Nacional organizada.
Desde do dia 7 de outubro, o regime israelense já assassinou 40.786 palestinos, deixou 94.224 feridos e 10 mil desaparecidos.