Durante a madrugada do 1º de julho, o adolescente Mizael Fernandes da Silva foi assassinado a sangue frio por agentes da Polícia Militar (PM) do Ceará enquanto dormia em sua residência, localizada na comunidade do Triângulo, no município de Chorozinho, na região metropolitana de Fortaleza.
Durante a tarde, horas após o odioso assassinato, a pequena cidade de quase 20 mil habitantes se tornou palco de protestos da população, que denunciou o crime que tirou a vida do jovem Mizael. As massas populares, em sua justa revolta, bloquearam um trecho da rodovia BR-116 e queimaram uma barricada de pneus e troncos de madeira.
Segundo denúncias dos familiares, o adolescente foi morto por militares do Comando Tático Rural (Cotar), vinculado à PM. “Por volta de 1h45 para 2h eles chegaram arrombando o portão da nossa casa dizendo que era a polícia e minha mãe abriu e permitiu a entrada deles. Saímos e avisamos a eles que meu primo estava dormindo no quarto, quando escutamos os tiros. Mandaram a gente ir pro outro lado da calçada. Eles disseram que meu primo estava armado, mas isso não é verdade. Levaram meu primo, jogaram no carro e saíram como se ele fosse um bandido grande”, relatou uma familiar do adolescente.
De acordo com as informações veiculadas pelo monopólio de imprensa da região, o brutal assassinato será “investigado” pela Delegacia Metropolitana de Chorozinho, vinculada à Polícia Civil do Ceará (PC-CE), mas ao que tudo indica, se trata de mais um crime que será acobertado pelas “autoridades” policiais e os militares criminosos continuarão “trabalhando” e matando pessoas inocentes livremente.
Mizael Fernandes da Silva, mais um jovem assassinado por PMs, no Ceará. Foto: Banco de Dados AND
Protesto de moradores contra o assassinado do jovem Mizael. Foto: Banco de Dados AND