Seguindo calendário internacional, a Frente Cearense de Apoio à Resistência Palestina convocou ativistas à Praça de Nossa Senhora de Fátima, em Fortaleza, no último dia 29, para prestar solidariedade ao povo palestino e apoio à resistência nacional. Levantando placas e bandeiras, os presentes também seguravam uma faixa com os dizeres “Palestina é nosso país! Juntos venceremos!”, assinada em nome da Liga Anti-Imperialista.
Os ativistas se dirigiam aos motoristas, passageiros e pedestres denunciando regime de apartheid e o genocídio promovido pelo Estado de Israel, bem como exigindo a ruptura dos laços econômicos e militares que o Estado brasileiro ainda mantêm com o Estado sionista.
Também foi exaltado o papel que cumpre a Resistência Nacional Palestina em sua luta contra o Estado sionista. Em fala no microfone, um militante do Coletivo Estudantil Carcará afirmou:
“É preciso entender que a luta do povo palestino tem tudo a ver conosco, pois o mesmo imperialismo (ianque) que fornece armas para Israel é o que saqueia todos os anos os recursos do nosso país e, junto dos reacionários de dentro do país, oprime o nosso povo. A grande mídia chama o Hamas e demais grupos de resistência nacional de terroristas por um motivo: os monopólios midiáticos são diretamente ligados ao capital financeiro do imperialismo ianque, que treme de medo de perder sua principal base de apoio no Oriente Médio: Israel. A verdade é que a luta que travam os grupos da Resistência Nacional Palestina, inclusive o tão demonizado Hamas, é justa, legítima e aponta o caminho para os povos oprimidos de todo mundo, o caminho da luta revolucionária!”
Ativistas presentes no ato também se solidarizaram e defenderam a luta pela Revolução Agrária, capitaneada pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e a luta pela terra em geral, apontando que “diante da acentuada exploração e opressão no campo, os camponeses são os palestinos do Brasil”, especialmente nos últimos meses, com as investidas cada vez mais frequentes do latifúndio bolsonarista sobre os pobres do campo e sobre a luta pela terra.
Encerrando o ato, palavras de ordem como “Chega de chacina da PM na favela, de Israel na Palestina!” e “Juventude palestina, sua luta continua na América Latina” foram entoadas pelos manifestantes.