Cerca de 100 famílias ocuparam a fazenda São Domingos, no município de Lavras da Mangabeira, Ceará, na madrugada de 11 de abril. O latifúndio improdutivo, com 996 hectares, está registrado em nome da Petronília Bezerra Augusto de Lima. Os camponeses, vinculados ao MST, exigem que as terras sejam destinadas para a “reforma agrária”.
No município de Cratéus, também no Ceará, cerca de 200 famílias ocuparam uma área do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DENOCS) no dia 10 de abril. A ocupação é uma forma de exigir o assentamento das famílias na região, que foram desalojadas pelo Lago da Fronteira.
No mesmo dia, em Quixeramobim, no sertão central do Ceará, cerca de 100 famílias ocuparam a fazenda Serrote, com de 3.700 hectares, pretensamente pertencente a família Carneiro.
Na Paraíba, cerca de 200 famílias ocuparam a fazenda Volta, no município de Tacima, no dia 10 de abril, pretensamente pertencente ao senador José Maranhão/PMDB e ao deputado federal Benjamin Maranhão/Solidariedade. No dia seguinte, a 1ª Vara Mista da Comarca de Araruna expediu um mandado de reintegração de posse contra os camponeses, que até o fechamento desta matéria não havia sido cumprido.
No mesmo dia, mas no município de Cruz do Espírito Santo, litoral paraibano, cerca de 250 famílias ocuparam a fazenda Patrocínio.
As ocupações relatadas acima integram a chamada “Jornada Nacional de Lutas Pela Reforma Agrária” do MST, que rememora os 22 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás.