Ambulantes enfrentam ataque covarde da Guarda Municipal em Fortaleza, no Ceará. Foto: Banco de Dados AND
Ambulantes resistiram a um ataque covarde perpetrado pela Guarda Municipal de Fortaleza, capital do estado do Ceará. Os trabalhadores atiraram pedras e montaram barricadas para repelir o ataque dos agentes. Tal episódio aconteceu no dia 14 de agosto, por volta de 2h da manhã, na região central da cidade.
Os agentes atacaram os ambulantes quando estes se preparavam para montar as suas barracas, no objetivo de venderem seus produtos na feira da rua José de Avelino, que acontece nas quartas-feiras e sábados.
A operação foi montada pelo Grupo Operações Especiais (GOE), da GM. Os agentes chegaram e tentaram impedir que os ambulantes montassem suas barracas.
Os trabalhadores se revoltaram contra tal atitude truculenta dos guardas e em respostas montaram barricadas e atearam fogo em materiais de construção das obras do metrô.
Os guardas então atacaram os feirantes com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha, agressão esta que foi respondida pelos trabalhadores, que atiraram pedras em direção aos guardas. O conflito se estendeu pela rua Sobral e pelo Paço Municipal, sede da prefeitura.
Um ambulante que estava no local e não quis se identificar por medo de represália relatou, em entrevista ao jornal Diário do Nordeste, como foi a chegada dos guardas: “Eles chegaram já atirando. Não houve diálogo. Era tanto gás espalhado que eu não conseguia chegar no carro para ir embora”, relatou o homem. Também segundo, ele vários feirantes ficaram com hematomas e machucados após o ataque covarde da GM.
Feirantes da rua José Avelino relatam que a Guarda usou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersá-los pic.twitter.com/xK0zHGFJLk
— Diário do Nordeste (@diarioonline) August 14, 2021
Sarto Nogueira (PDT) impõe fome ao povo
A operação aconteceu sob ordens do prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT). Segundo a prefeitura, tal ação tem o objetivo de fiscalizar o comércio irregular e impedir aglomerações.
A resistência foi a saída encontrada pelos trabalhadores para responder a esta situação vexatória. Os ambulantes mesmo em meio à pandemia do coronavírus são obrigados a trabalhar como único meio de conseguir o seu sustento, uma vez que não há auxílio algum por parte do velho Estado, seja a nível federal, estadual ou municipal. E diante dessa situação humilhante ainda são atacadas pelas forças repressivas.