CE: Protesto denuncia falta de estrutura nas escolas e exige revogação do Novo Ensino Médio

Escola Patativa do Assaré, em Fortaleza, está interditada por problemas estruturais desde 2023. Foto: Reprodução/Kid Júnior.

CE: Protesto denuncia falta de estrutura nas escolas e exige revogação do Novo Ensino Médio

Na tarde do dia 14 de agosto, ocorreu uma importante manifestação de estudantes do ensino básico em Fortaleza, Ceará. Com concentração na Praça Rosa da Fonseca, também conhecida como Gentilândia, cerca de 300 estudantes iniciaram o protesto revoltados diante dos ataques à educação promovidos pelo governador Elmano (PT) e pelo presidente Luiz Inácio (PT).

Com cartazes denunciando o Novo Ensino Médio e a péssima situação da estrutura das escolas locais, o ato teve início. Entoando palavras de ordem, os manifestantes apontaram que a prioridade do governo federal é atender aos interesses de banqueiros mesmo com a atual situação precária da educação pública.

Desde o início de seu governo, mesmo diante da situação de anos de cortes e precarização do ensino público, o governo Luiz Inácio prefere a política de arrocho fiscal e cortes de verba do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os estudantes presentes denunciaram os políticos reacionários que, no discurso defendem a educação por puro cálculo eleitoral, mas na prática atacam a educação tanto quanto qualquer outro governo de turno. 

O Coletivo Carcará esteve presente denunciando os sucessivos cortes de verba promovidos pelo velho Estado brasileiro. Ativistas também aproveitaram para realizar uma panfletagem contra a farsa eleitoral municipal, apontando que o único caminho para a luta estudantil é mobilização independente e combativa.

Durante o ato, o campo político do oportunismo, que dirigia o ato, impediu o avanço da luta pela educação. Alguns estudantes denunciaram as práticas oportunistas da entidade secundarista que esteve à frente do ato, a Unefort (dirigida pela JPL/PCdoB), e também outras siglas eleitoreiras – envolvida “até o pescoço” com promessas e traições ao povo. Ativistas destas organizações calaram-se diante das denúncias feitas contra o governo Luiz Inácio que continuou os cortes na educação, já aplicados nos governos de Bolsonaro, Temer e Dilma Rousseff, e também sobre o papel do governo de Luiz Inácio e seu ministro da Educação, Camilo Santana, em torno da aprovação do Novo Ensino Médio.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: