Cebraspo: ‘Campanha em defesa da saúde e da vida do prof. Abimael Guzmán Reynoso’

Cebraspo: ‘Campanha em defesa da saúde e da vida do prof. Abimael Guzmán Reynoso’

Prof. Abimael Guzmán Reynoso, Presidente Gonzalo. 

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) lançou uma nota de 15 de agosto de 2021 em que denuncia que a vida do Prof. Abimael Guzmán Reynoso, o presidente Gonzalo, prisioneiro de guerra do Estado Peruano, se encontra seriamente ameaçada pelo velho Estado peruano.

Ao descrever as condições em que o Presidente Gonzalo está preso desde 1992, o Cebraspo afirma: “As condições em que está preso violam acordos internacionais como a Convenção de Genebra e todas as regulamentações gerais que disciplinam os Direitos Fundamentais da Pessoa Humana e o direito dos presos, nesse caso em particular dos presos políticos”.

A nota segue apontando que “tudo leva a crer que o completo descuido com as suas condições de vida no cárcere foi motivo do agravamento de sua saúde pois os jornais atribuíram a internação a um câncer de pele maltratado, derivando em metástase. Câncer este, na grande maioria dos casos, tratável precocemente e de fácil diagnóstico”, explica o Centro.

O Cebraspo argumenta, também, que a forma como o Estado peruano trata o Prof. Abimael é completamente destoante do tratamento que deu em 2020 ao genocida Fujimori que foi indultado por ser igualmente idoso e pelos riscos de adquirir Covid-19 na prisão. “No caso de Abimael Guzmán, o Estado se recusou até a colocá-lo em prisão domiciliar, onde sua saúde pudesse ser convenientemente cuidada.” 

No ano passado o Cebraspo apoiou a solicitação de medida cautelar impetrada por seus advogados de defesa junto a Corte Latino Americana de Direitos Humanos, que compactuou com a posição do Estado peruano de que ele estava sendo convenientemente cuidado. “Os fatos atuais bem provam o contrário.”, colocam.

Na época, o Cebraspo já afirmava: “Há uma intenção clara de que o Dr. Guzmán seja infectado e morra para assim tentar livrar o governo peruano da clara discriminação contra os presos políticos do Peru. Pois, até o genocida Fujimori que estava condenado a 25 anos de prisão, na prática, perpétua pela idade avançada, entregue pelo governo chileno ao Peru, obteve um indulto por razões humanitárias”.  

Ainda sobre o fascista Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000 em regime ditatorial, que esteve preso por corrupção e massacres, a nota do Cebraspo ressalta que ele acabou com a vida de 52 presos políticos, muitos deles indefesos, já que se encontravam completamente desarmados. Promoveu massacres contra populações civis e responde pelo crime de mais de 272 mil mulheres e 21 mil homens esterilizados à força. “Está muito claro como a Justiça e o Governo peruano tratam a questão dos direitos à vida e à saúde com dois pesos e duas medidas.” aponta o Centro de Solidariedade.

“O violento isolamento imposto no cárcere e o cerceamento dos direitos mais elementares do prof. Abimael Guzmán apenas mostram o temor do Estado para que suas posições políticas não venham à tona, pois podem ser uma ameaça à velha ordem.”, demarca.

Ao final da nota, o Cebraspo exige que o Prof. Abimael Guzmán tenha total acesso aos cuidados necessários para com sua saúde e que seus direitos de preso político e prisioneiro de guerra sejam respeitados nos marcos dos tratados internacionais e conclamam a todos os democratas e progressistas que denunciem e se posicionem “contra esta clara ameaça a vida do Prof. Abimael Guzmán Reynoso”.

A nota completa pode ser lida na íntegra clicando aqui.

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