O Centro Estudantil da Pedagogia da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto (CEPed), organização estudantil que luta pelos direitos dos estudantes de pedagogia e por um ensino público, gratuito e que sirva ao povo, demonstrou recentemente sua solidariedade ao jornal A Nova Democracia e denunciou a perseguição sofrida por nossa tribuna.
Em recente postagem no Instagram, a organização disse: “O Centro Estudantil da Pedagogia (CEPed) manifesta sua solidariedade ao jornal A Nova Democracia, que no dia 15/01 foi censurado pelo YouTube sob a acusação de suposta violação das diretrizes de segurança da plataforma.”.
Contextualizando a importância do trabalho democrático da imprensa independente, o CEPed afirmou: “Com mais de 20 anos de história, A Nova Democracia tem realizado uma cobertura jornalística de caráter revolucionário, essencial para dar visibilidade às lutas populares. Desde os acontecimentos de Al-Aqsa, em 07/10/2024, e o início do Plantão Palestino, o jornal tem cumprido um papel fundamental ao informar sobre temas silenciados pela grande mídia.”.
O banimento do canal pelo YouTube, sem qualquer aviso prévio, desmonetizou a plataforma e apagou mais de 15 anos de produção histórica. Entre os materiais perdidos estão coberturas exclusivas de crimes cometidos pelo Estado brasileiro contra o povo e registros importantes das lutas das massas populares.
O CEPed repudia essa censura e reforça seu apoio ao jornal A Nova Democracia, que segue firme em sua luta pela recuperação de seu acervo e pela continuidade de seu trabalho em prol do povo e da verdade. Em defesa da imprensa popular!”
O Centro Estudantil da Pedagogia da USP-RP é uma organização estudantil autônoma e independente que tem seu foco na luta pelo direito dos estudantes de pedagogia e contra a privatização das universidades, através de greves de ocupação em defesa da educação, como também pelo fim da repressão truculenta perpetrada pela Polícia Militar dentro e fora das universidades.
O CEPed USP se soma a muitas outras entidades palestinas e anti-imperialistas, órgãos de imprensa democráticos e revolucionários no País ou no estrangeiro, personalidades e proeminentes figuras democráticas, que se solidarizam com o AND.
Entenda o que ocorreu
O canal do jornal A Nova Democracia, que realizava diariamente o Plantão Palestina, foi acusado de “publicar no Youtube conteúdo que apoie, promova ou ajude organizações criminosas ou extremistas violentas”.
O AND, em matéria publicada denunciando a censura de seu canal, afirmou sobre o ocorrido: “Para a Redação de AND, só é possível supôr que o Youtube considere a histórica cobertura de nossa tribuna sobre a guerra camponesa revolucionária travada nos rincões do Brasil, na qual os camponeses, indígenas e quilombolas enfrentam com audácia os crimes dos bandos paramilitares do latifúndio (como na cobertura da luta camponesa nos Acampamentos Manoel Ribeiro e Tiago Campin dos Santos, em 2021 e 2022, ou da luta dos Guarani-Kaiowá em Douradina, em 2024) como uma violação das diretrizes reacionárias; ou, da mesma forma, que a plataforma considere como violação das diretrizes sionistas a cobertura, por AND, da guerra de libertação nacional do povo palestino, cobertura que sempre contou com a transmissão de vídeos da Resistência Nacional Palestina, em que os guerrilheiros árabes varrem a ocupação sionista de seus territórios com ousadas ações militares.”.