A Venezuela informou ao Brasil no dia 8 de setembro que suspendeu o cerco contra a embaixada Argentina em Caracas, erguido depois da expulsão dos embaixadores argentinos no país. A expulsão ocorreu depois que o presidente ultrarreacionário argentino, Javier Milei, não reconheceu a vitória de Maduro e declarou Edmundo González, da oposição, como presidente.
O Brasil foi informado porque, desde a expulsão dos argentinos, era responsável pela representação diplomática da Argentina na Venezuela.
O opositor, Edmundo González, se abrigou na embaixada dos Países Baixos após se tornar alvo de ordem de prisão e, depois, fugiu para a Espanha, com ajuda do imperialismo espanhol. A retirada do cerco ocorreu após o anúncio da fuga.
Maduro também defendeu que a Embaixada argentina estava sendo sede para opositores planejarem atos de desordem no país, voltados a desestabilizar a Venezuela e abrir margens para um avanço da oposição e as políticas intervencionistas indiretas do EUA.
A crise agrava a crise diplomáticas dos governos brasileiro e venezuelano, desgastada desde que Luiz Inácio não reconheceu a vitória de Maduro e alinhou-se ao imperialismo norte-americano (EUA) nas críticas ao regime.
A Venezuela chegou a retirar, no dia 7 de setembro, a custódia brasileira sobre a embaixada argentina, decisão que foi contestada pelo Brasil. Em comunicado, o Itamaraty expressou “surpresa” com a decisão classificada do governo Maduro e negou a retirada da custódia.
Logo após o caso, o secretário de Estado do EUA afirmou que: “os venezuelanos votaram por mudança. A repressão pós-eleitoral de Maduro já matou e prendeu milhares, e o candidato vencedor Edmundo González continua sendo a melhor esperança para a democracia. Não podemos deixar Maduro e seus representantes agarrarem-se ao poder pela força”.
É um sinal de como Luiz Inácio fomenta a política imperialista no vizinho latinoamericano, abrindo margem para o agravamento das pressões econômicas, políticas e diplomáticas impostas pelo EUA contra a Venezuela, além do financiamento e organização de espiões e grupos reacionários no país.