O mapuche Celestino Córdova, preso desde o dia 13/01 deste ano, suspendeu uma greve de fome que mantinha há 102 dias. O objetivo da greve era que pudesse regressar a sua comunidade local para participar de um ritual espiritual com duração de 48 horas. A exigência foi negada pelo governo de Sebastian Piñera. A greve foi suspensa após Celestino desmaiar ao ir no banheiro. Ele sofreu um duro golpe em sua cabeça.
Celestino foi indiciado suspeito por justiçar dois senhores de terra (latifundiários), o casal Jorge Luchsinger e Viviane Mackay, durante uma ocupação de terra em 2013, na fazenda Granja Lamahue, comuna de Vilcún, no Chile.
A ocupação de terra levada a cabo por Celestino e uma comunidade mapuche foi parte das ações em memória ao assassinato de Matías Catrileo, estudante de origem mapuche, assassinado ao participar da ocupação da fazenda Santa Margarida, também no Chile.
O médico responsável pela saúde de Celestino Córdova afirma que este vem apresentando problemas em seu estado de saúde, qualificado como “delicado”. O velho Estado omite-se acerca desse quadro.
A luta mapuche por terra e pela liberdade para o Machi Celestino retomar a sua comunidade vem recebendo amplo apoio de movimentos estudantis, populares e revolucionários. A Frente de Estudantes Revolucionária Popular (Ferp) afirma em nota, emitida no dia 18/04, que é necessário unir-se e resistir ante cada agressão lançada pelo imperialismo, grande burguesia e latifúndio, por meio de seu velho Estado, contra as massas mapuche em luta por terra.