Milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas tomaram as ruas da capital Santiago neste 1° de Maio e enfrentaram as forças de repressão do velho Estado.
A massiva manifestação do Dia Internacional dos Trabalhadores, convocada pela Central Classista dos Trabalhadores se iniciou às 11h no ponto de encontro entre a Avenida Brasil e a Alameda e seguiu na direção de Matucana, rumo à Universidade de Santiago.
Foram levantadas palavras de ordem contra a exploração e opressão dos trabalhadores da cidade e do campo e erguidas faixas em celebração ao 200º aniversário do nascimento do grande Karl Marx.
Faixas denunciaram também a prisão e perseguição política contra militantes, como os mapuche que tem travado dura luta pela retomada de seus territórios.
As forças de repressão iniciaram seus ataques contra a manifestação com bombas de gás e jatos de água por volta das 12h, sendo prontamente respondidas pelas massas que arremessaram pedras. Inúmeras barricadas em chamas foram erguidas pelas ruas da capital chilena e bancos também foram atacados pela justa revolta popular.
A manifestação da Central Classista dos Trabalhadores foi organizada em oposição à passeata da CUT (Central Única dos Trabalhadores do Chile), que ocorreu na Praça dos Heróis e serviu mais uma vez de palco eleitoral para partidos oportunistas.
Já na convocatória da marcha combativa, movimentos classistas independentes denunciavam: “a marcha convocada pela direção da CUT-CPC representa a marcha da traição, a marcha da conciliação com os patrões e seu antigo Estado, aquele que pisa sobre o sangue dos dirigentes sindicais assassinados sob Pinochet e governos que o serviram, continuando e aprofundando seu Plano de Trabalho a serviço dos empregadores. É preciso demarcar com o oportunismo, os falsos comunistas e os líderes corruptos que jantam com os principais líderes dos patrões, como o chamado “encontro histórico entre a Central Unitária de Trabalhadores (CUT) e a Confederação da Produção e Comércio (CPC)”, ocorrido neste 10 de abril.”
Nas ruas, pichações feitas pelos manifestantes com dizeres como A CUT não te defende, denunciaram o papel de conciliação de classes que a entidade vem cumprindo.