Estudantes chilenos tomaram as ruas em massivo protesto contra a derrubada de uma lei judicial que proibia a atuação de empresas com fins lucrativos no ensino superior. Os protestos ocorreram nas principais vias de Santiago, Valparaíso e Concepción no dia 19/04 convocado para a Marcha Nacional pela Educação.
Na capital do país Santiago, os manifestantes fecharam as vias com barricadas em chamas e, em resposta aos jatos d’água e gás lacrimogêneo lançados pelas forças da repressão, a juventude combatente respondeu arremessando pedras, lançando fogos de artifício e garrafas com tinta contra as tropas policiais.
O dia 19/04 foi convocado como dia nacional para realizar a Marcha pela Educação pelos estudantes das mais diversas universidades, que agitaram e mobilizaram as massas estudantis para resistir frente aos ataques do governo semicolonial de Sebastian Piñera.
A lei que foi derrubada – motivo pelo qual os estudantes se rebelaram – estabelecia o alcance gradual da gratuidade no ensino superior público e proibia que as instituições privadas com fins lucrativos – verdadeiros monopólios que controlam a educação de qualidade – tivessem controle sobre os centros de formação técnica, universidades ou institutos profissionais. Essa medida promulgada pela oportunista Michelle Bachelet foi conquistada após imensa rebelião estudantil ocorrida no ano de 2015.