Chile: Prefeitura, delegacia e tribunal de justiça são incendiados após assassinato pela polícia de artista

Chile: Prefeitura, delegacia e tribunal de justiça são incendiados após assassinato pela polícia de artista

Prédio municipal de Panguipulli em chamas após morte de artista. Foto: Alicia Caceceres

Massas chilenas incendiaram por completo a prefeitura da cidade de Panguipulli, assim como a delegacia, o tribunal de justiça e os correios da cidade após o assassinato arbitrário e em plena luz do dia do artista de rua Francisco Martínez enquanto esse exercia sua profissão, no dia 6 de janeiro.

O vídeo do assassinato cometido pelos agentes de repressão foi postado na internet, tendo uma repercussão enorme. Após isso, milhares de manifestações exigindo justiça para Francisco foram vistas. Nos protestos de rua, foram registrados confrontos entre os manifestantes e a polícia, com o povo erguendo barricadas improvisadas e atirando pedras contra a polícia durante os protestos.

Também foram registrados vídeos em que se flagram a ação repressiva truculenta da polícia, se utilizando de bombas de gás, prisões arbitrárias e agredindo gravemente manifestantes

Na Província de Santiago, na comuna Ñuñoa, milhares de pessoas protestaram contra a morte do artista de rua, na noite do dia 06/01. Se reunindo na Praça Ñuñoa, os manifestantes logo foram reprimidos pela polícia com gás lacrimogêneo e jatos de água, sob o pretexto de ser uma aglomeração proibida devido à pandemia. Os manifestantes, por sua vez, responderam erguendo barricadas e jogando pedras nos policiais.

Em que contexto foi assassinado o jovem?

Francisco Martínez, conhecido como Pancho pela população local, era um artista de rua malabarista. Enquanto fazia malabares com espadas de circo, que não proporcionam perigo algum, foi parado pelos policiais que, segundo o monopólio de mídia, alegaram que estavam “incomodados”. Após se recusar a parar com seu malabarismo, pediram seus documentos, e pelo fato de que o jovem não os possuía no momento, os policiais, então, passaram a reprimir e consequentemente a assassinar o artista de rua à sangue frio.

Confira abaixo o vídeo do momento da agressão:

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: