Revolucionários comemoram o aniversário do chefe comunista Emílio Recabarren. Foto: El Pueblo
Revolucionários chilenos de Temuco comemoraram com ações combativas, no dia 6 de julho, o aniversário de Emílio Recabarren, chefe proletário e fundador do Partido Comunista do Chile (sob o nome de Partido Operário Socialista). Os revolucionários colaram cartazes em bairros operários que constavam Retomar e aplicar Recabarren e reconstituir seu Partido!, assim como fizeram pichações que exclamavam: Assembléia constituinte não! Revolução sim!
Em um texto enviado pelo Comitê de Ação Política de Temuco ao jornal democrático e popular El Pueblo, os revolucionários relatam as ações realizadas para a comemoração dos 144 anos de Luis Emilio Recabarren na capital de La Araucanía.
Eles iniciam afirmando que “essa nova comemoração do nascimento do chefe da revolução no Chile é mais sentida e seu pensamento está mais vigente do que nunca. Defender e aplicar Recabarren e reconstruir seu Partido é uma necessidade imediata que nós, como revolucionários, assumimos e trazemos para nosso povo suas idéias e pensamentos”.
E seguem dizendo que, juntamente com as massas do bairro operário em que atuavam, compartilharam um almoço e conversaram sobre o trabalho do comunista, destacando a importância que ele tinha para o povo e a validade de seu trabalho atualmente, ainda mais quando nos “encontramos em uma das piores crises que o imperialismo desencadeou desde a quebra da bolsa de Wall Street de 1929 e a Segunda Grande Guerra Imperialista de 1940-1945, camuflada pela ‘corona-crise’, tendo uma administração desastrosa por parte das autoridades estatais e suas organizações sindicais cooptadas, como a CUT; nada de novo sob o sol”.
Além disso, colocam eles, “nos serviu para debater sobre o Socialismo e o Comunismo, e para nos dissociarmos do falso Socialismo ou ‘Socialismo do século XXI’ promovido pelos representantes da grande burguesia burocrática, um sistema econômico a serviço do imperialismo e que promove um capitalismo de Estado, disfarçado de revolucionário em seu discurso”. Desta forma, combatemos o oportunismo e o revisionismo, posicionando o socialismo e o comunismo como a ciência da revolução que é”.
Calendários com a imagem da Recabarren com datas revolucionárias também foram feitos e distribuídos, contribuindo assim “para a organização do povo e levando em consideração a agenda de datas populares de relevância para a educação ideológica de nossa emancipação”. Em seguida, três grandes cartazes com a imagem de Recabarren foram colocados na região noroeste de Temuco.
Calendários com a imagem de Emílio Recabarren e datas revolucionárias são distribuídos entre o povo. Fonte: El Pueblo
Emílio recabarren, chefe da Revolução Chilena
Recabarren nasceu no dia 6 de julho de 1876 e dedicou sua vida à “organização do proletariado e do povo, para alcançar a emancipação social, o fim da exploração, a verdadeira igualdade entre homens e mulheres, para que reine a justiça em todas as lutas do povo, nas quais colocou sua mente e coração”, como é descrito pelo jornal chileno El Pueblo.
O dirigente comunista representou a Fração Vermelha do Partido Operário Socialista (POS), quando no seu II Congresso, em 1918, se travou uma luta de duas linhas. O dirigente enfatizou que o caminho a ser seguido era o da luta armada, através da aliança operário-camponesa, aplicando e defendendo os aportes do leninismo, consagrado internacionalmente com o triunfo da Grande Revolução Socialista de Outubro de 1917.
No seu III Congresso, em 1920, o Partido, depois da luta de duas linhas impulsionada por Recabarren, demarcou: “A Revolução Russa e o regime dos Sovietes que substituiu o Estado capitalista na Rússia merece todas suas simpatias e, portanto, decidimos por aderir à Terceira Internacional de Moscou”.
Conforme publicamos em AND, o Partido elaborou uma Declaração de Princípios onde destacava-se que a sua finalidade é a abolição do sistema capitalista; que o Partido deve ser cada vez mais revolucionário e que, para isso, deve depurar-se dos elementos vacilantes e oportunistas.
Sobre seu caráter revolucionário, o jornal El Pueblo exalta: “Orgulhoso de sua classe, por ser da classe dos produtores, dos que tudo criam (o proletariado), enfrentou o cárcere, a perseguição e a hostilização do velho Estado. As massas expressavam seu carinho e reconhecimento, o chamando de professor. Foi o primeiro marxista de nosso país, forjado na luta de classes internacional e nacional”.