China: Revolucionários proletários lançam portal na internet

China: Revolucionários proletários lançam portal na internet

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Revolucionários chineses lançaram, no mês de setembro, um portal maoista na internet denominado Biblioteca Maoista, em celebração ao 70º aniversário da Grande Revolução Chinesa.

O portal contém publicações atuais e documentos históricos. Nele encontram-se documentos do Partido Comunista do Peru (PCP) e do Presidente Gonzalo, declarações conjuntas de organizações e partidos comunistas maoistas da atualidade, documentos públicos do Partido Comunista da Índia (Maoista) e até artigos de análise da situação política publicados em veículos da imprensa popular e democrática de vários países, dentre eles artigos do AND.

O portal, em mandarim, é publicado desde a China e seu conteúdo é diametralmente oposto à linha ideológico-política apregoada pelo partido revisionista que usurpou o nome “Partido Comunista da China”. O portal está em funcionamento apesar do imenso cerco ideológico e policial empreendido pelo Estado fascista chinês.

Segundo a declaração do comitê de Redação da Revista O Maoista, emitida em setembro deste ano por ocasião do 27º aniversário do Discurso do Presidente Gonzalo, “os maoistas na China estão lutando por reconstituir seu partido usurpado pelo revisionismo para contrarrestaurar o socialismo com guerra popular”.

Restauração capitalista

Após o triunfo da Grande Revolução Chinesa, em 1949, a China, sob a direção do Partido Comunista e chefatura do Presidente Mao, iniciou a construção socialista, desenvolvendo, passo a passo, uma indústria pesada para culminar a industrialização, uma indústria leve e a mecanização da agricultura para produzir os bens mais necessários para o povo chinês. O processo repleto de grande êxitos, no entanto, foi interrompido.

Em 1976, após anos de lutas entre os revolucionários proletários contra os revisionistas que queriam restaurar o capitalismo, esses últimos conseguiram impor uma derrota pontual à Revolução Chinesa. A Grande Revolução Cultural Proletária, posta em marcha em 1966, apesar de impedir tal restauração por dez anos, não pôde vencer cabalmente por inexperiência natural dos revolucionários àquela altura. Os capitalistas restauraram o seu regime com uma exploração inaudita, transformaram o Partido num corpo reacionário e impuseram um controle corporativo e fascista sobre os trabalhadores e massas populares.

Segundo a declaração conjunta de organizações e partidos comunistas sobre o 50º aniversário da Grande Revolução Cultural Proletária, de 2016 (disponível no blog Servir ao Povo), “a ditadura burguesa estabelecida em outubro de 1976 é uma ditadura fascista, e o partido que a dirige é um partido fascista. Só oportunistas e revisionistas continuam chamando de ‘partido comunista’ aquele engendro que governa a China atualmente”.

Os signatários afirmam ainda sobre os erros que permitiram a derrota dos revolucionários – cujas lições foram aprendidas: “Alguns dos problemas desta luta de duas linhas que se desenvolveu no seio do Partido Comunista da China e na sociedade chinesa foram: o manejo da própria luta de duas linhas; o deficiente tratamento dos dois tipos de contradições – entre nós e o inimigo e no seio do povo – que deixou campo aberto aos revisionistas; ausência de um novo e firme impulso à GRCP após a tentativa do golpe de Lin Piao, os ‘ventos desviacionistas de direita’ e os distúrbios semeados por Teng Siao-ping em 1975 e 1976 durante os funerais de Chu En-lai, etc.. A linha revisionista teve amplo campo para desenvolver-se”.

E arrematam: “A luta de duas linhas teve avanços importantes, porém revisionistas renomados como Teng Siao-ping e sua camarilha encontraram o momento propicio para acirrar as contradições no seio do povo e tomar o Poder mediante um golpe de Estado fascista, deixando em evidência problemas não resolvidos pela revolução. Uma das questões principais é a insuficiente aplicação da linha militar proletária com relação à questão do mar armado de massas, que deveria expressar-se na passagem de maiores atribuições às milícias populares como maior controle sobre o Exército Popular de Libertação, pois era relativamente fácil usurpá-lo devido à sua centralização. O Presidente Gonzalo, compreendendo a questão e aportando à linha militar proletária – isto é, à guerra popular – planteou a necessidade da construção concêntrica dos três instrumentos da revolução e a necessidade de integrar a milícia popular ao Exército revolucionário com a finalidade de conjurar a restauração capitalista, apontando com isto ao mar armado de massas”.

Capa do site dos Maoistas chineses. Foto/Reprodução

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