China suspende negociações com USA sobre armas nucleares

China suspende negociações com USA sobre armas nucleares

Em resposta às vendas de armamentos ianques à ilha de Taiwan, a China anunciou ontem que não vai mais discutir com os Estados Unidos (USA) sobre o controle e não proliferação de armas nucleares. O governo chinês e o ianque nunca chegaram a um acordo sobre a questão, mas estavam em discussão sobre a questão desde 2023.

A primeira discussão sobre o tema ocorreu em novembro de 2023. Porém, mesmo antes do início das discussões sobre a questão nuclear, os ianques acompanhavam de perto o quadro militar chinês. Em outubro de 2023, o Pentágono enviou um relatório ao Congresso ianque advertindo que o desenvolvimento nuclear chinês estava andando mais rápido do que previam. E em janeiro, dentro do âmbito das discussões nucleares iniciadas, representantes do USA afirmaram que as autoridades chinesas não enviaram respostas à uma proposta sobre “redução de riscos”.

No fim do mesmo ano, Joe Biden e Xi Jinping se reuniram durante uma reunião da Cúpula de Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). Nessa ocasião, Xi Jinping afirmou que “o relacionamento China-EUA nunca foi tranquilo nos últimos 50 anos ou mais e sempre enfrenta algum tipo de problema, mas continuou avançando em meio a reviravoltas para dois grandes países como a China e os Estados Unidos”.

A justificativa dada pelos chineses para a decisão aponta para as atuações ianques em Taiwan: “Os USA continuam suas vendas de armas a Taiwan e empreenderam uma série de ações negativas que prejudicam gravemente os interesses centrais da China, minando a confiança política mútua”, afirmou a porta-voz da Chancelaria.

Em abril de 2024, o Senado ianque aprovou um pacote de ajuda militar de 8,1 bilhões de dólares para a Taiwan, ilha localizada a sudeste da China que tem o USA como principal apoiador militar e econômico. As estimativas sobre o arsenal nuclear chinês dão conta de 500 ogivas aproximadamente. Muito atrás dos 3,7 mil do USA e dos 4,5 mil da Rússia. Mas suficiente para preocupar os ianques.

A aproximação bilateral, agora, ganha um obstáculo com a retirada do social-imperialismo chinês das negociações nucleares.

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