Chiquinho Brazão seguirá preso, porém caso Marielle segue com lacunas por responder

Chiquinho Brazão segue preso. Se não há dúvidas que Chiquinho Brazão é parte de toda essa relação entre extrema-direita e grupos paramilitares, também não pode haver titubeação em levantar suspeitas de que o rumo atual dos acontecimentos beneficiam precisamente a estes mesmos notáveis notáveis.

Chiquinho Brazão seguirá preso, porém caso Marielle segue com lacunas por responder

Chiquinho Brazão segue preso. Se não há dúvidas que Chiquinho Brazão é parte de toda essa relação entre extrema-direita e grupos paramilitares, também não pode haver titubeação em levantar suspeitas de que o rumo atual dos acontecimentos beneficiam precisamente a estes mesmos notáveis notáveis.

No dia de hoje, após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovar por 39 x 22 o relatório confirmando a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, a Câmara de Deputados realizou a votação em plenário que confirmou a prisão. O placar ficou 277 x 129, com 28 abstenções. O PL, por pressão de seu filiado Jair Bolsonaro, foi o único a orientar pela soltura. Outros partidos, como o União Brasil, MDB, Republicanos e outros, liberaram seus deputados para votar como bem entendessem. Portanto, Chiquinho Brazão, o deputado federal que é vinculado aos grupos paramilitares do Rio de Janeiro e acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle, segue preso.

Nas próximas semanas, uma apreciação do Conselho de Ética da Câmara de Deputados deve determinar se Chiquinho Brazão mantém o seu mandato de deputado federal.

Ao longo do dia de hoje, houve uma expectativa de que deputados do União Brasil, PL, Republicanos e PP conseguissem agir para esvaziar a sessão. Seja por ligações com organizações paramilitares, seja por ligações com outros crimes, a principal motivação dos parlamentares vinculados ao “Centrão” era dar uma resposta política às futuras ações da Justiça que tenham como alvo os integrantes do Legislativo. Além disso, o PL se destaca como a figura de proa do bolsonarismo dentro do parlamento brasileiro: Jair Bolsonaro enviou para deputados do partido um vídeo em que seu filho defendia a soltura de Brazão. Portanto, ao contrário de indicar que o caso está resolvido, a votação na Câmara de hoje revela que as ligações entre o assassinato da ex-vereadora e Jair Bolsonaro ainda não estão completamente esclarecidas.

Seguir a toada do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski (que defendeu que o caso estava “encerrado”) é dar-se por satisfeito para que nunca se chegue à respostas a questões de importância imensa ao povo brasileiro. Tais como: até quando os grupos paramilitares do RJ seguirão com capacidade de promover novos atentados políticos? Qual é o vinculo desses grupos com à extrema-direita e com os militares? O que Richard Nunes, nomeado como chefe do Estado-Maior do Exército em meio a essas novidades no caso Marielle, teria a dizer sobre a nomeação de Rivaldo Barbosa? A quem Braga Netto se referia quando afirmou que a nomeação de Rivaldo um dia antes do assassinato da ex-vereador era “ordens vindas de cima” – já que ele foi colocado como interventor no RJ pelo então comandante do Exército, Eduardo Villas-Bôas?

Se não há dúvidas que Chiquinho Brazão é parte de toda essa relação entre extrema-direita e grupos paramilitares, também não pode haver titubeação em levantar suspeitas de que o rumo atual dos acontecimentos beneficiam precisamente a estes mesmos notáveis senhores.

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