Colômbia: Estudantes combatem pelo direito a universidade pública

Colômbia: Estudantes combatem pelo direito a universidade pública

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Centenas de jovens estudantes realizaram uma grande marcha em várias cidades do país para exigir mais investimento para as universidades públicas, no dia 28 de novembro. A mobilização foi uma reação espontânea ao sucateamento do ensino superior público, após vários reitores anunciarem que não alcançariam os recursos necessários para terminar o ano letivo. O movimento dos estudantes e professores dura já mais de dois meses.

Em Antioquia, estudantes da Universidade de Antioquia levantaram barricadas em uma importante rua da cidade, para pressionar o novo governo semicolonial-semifeudal do arquirreacionário Iván Duque Márque. O protesto terminou em violência após a polícia dedicar-se a reprimir a manifestação com truculência, a que os estudantes responderam arremeçando pedras, explosivos e bombas molotov. Participaram, dentre outros, os movimentos União Estudante do Povo (UEP) e o Movimento Estudantil a Serviço do Povo (Mesp).

Os estudantes lutam, especialmente, contra o plano dos sucessivos governos de sucateamento gradativo das universidades, a mando do Banco Mundial. Segundo o jornal democrático-popular El Comunero, ao sucatear as universidades, os governos querem obrigar que estas se “autofinanciem” cobrando matrículas, vendendo pesquisas a multinacionais e grandes empresas, acabando com programas de apoio aos cotistas. Segundo o jornal, essa medida seria acompanhada do impulso aos créditos para os estudantes buscando endividá-los com os bancos. Além disso, o governo busca aumentar o nível de exigência para o ingresso na universidade, com vestibulares mais difíceis, excluindo as camadas mais empobrecidas dos estudantes. Em contrapartida, o governo está incentivando e propagandeando as maiores universidades privadas.

O plano do governo, aplicado desde 1990, tem gerado um mar de sucateamento nas universidades. Prédios caindo aos pedaços, desmonte das estruturas de apoio aos estudantes como moradias, restaurantes universitários e transporte gratuito, contratação de professores por hora cátedra, entre outras medidas.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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