Por mais de dez dias consecutivos e pela segunda vez dentro de um período de dois meses, uma escola palestina da vila Azzun Atma, no distrito de Qalqilia (norte da Cisjordânia) teve sua rotina alterada. Isto porque, na última semana, colonos israelenses resolveram novamente despejar o esgoto do assentamento ilegal de Sha’are Tikva dentro das dependências do colégio.
Segundo Alaa Marabeh, diretora da escola Azzun Beit Amin, todo esse longo período é necessário até que se consiga secar as dependências da unidade e dissipar o odor, além de tentar garantir a eliminação do risco de contaminação de alunos e professores. Desta vez, conta a diretora, todo o pátio e a área de lazer da escola ficaram inundados.
Os palestinos não possuem jurisdição sobre os atos de violência e assédio praticados pelos colonos, atos estes que são parte da cartilha estimulada pelo Estado de Israel, mesmo que estejam habitando as localidades em desacordo até mesmo com o Direito Internacional – histórico favorecedor de políticas genocidas. Fica, portanto, a cargo das tropas invasoras a resolução de tais conflitos, onde os colonos mantêm suas práticas impunemente, como consequência.
Ao todo, estima-se que aproximadamente 4 mil colonos vivem no assentamento de Sha’are Tikva e, que em toda a Cisjordânia, com números de 2015, existam cerca de 227 assentamentos ilegais.