O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Bolsonaro e dos generais está monitorado as negociações salariais nas empresas estatais. Segundo o jornal do monopólio da imprensa Folha de São Paulo, em texto publicado no dia 14 de setembro, o Palácio do Planalto teme um “efeito cascata de paralisações”, e o titular da pasta, general Augusto Heleno, “voltou as atenções principalmente para a Petrobras”.
A reportagem da Folha aponta ainda que “Heleno pediu a assessores do governo que o mantenham a par das novidades em relação às negociações das categorias” e os informes sejam reportados ao fascista Jair Bolsonaro.
O monopólio da imprensa destaca: “A preocupação de Heleno é que eventuais paralisações afetem a atividade econômica e gerem instabilidade social, impulsionadas não apenas por discussões trabalhistas, mas pelo plano de privatizações do ministro da Economia, Paulo Guedes”.
Parte do golpe militar em marcha
Essa ação de espionagem das mobilizações de trabalhadores contra a privatização é, como temos analisado em nossos Editoriais, parte do golpe militar contrarrevolucionário preventivo atualmente em marcha no país, que tem três tarefas fundamentais.
Uma delas, como apontamos em AND 223, é conjurar o perigo de levante geral das massas através da restrição máxima da liberdade de organização e manifestação das massas, do incremento das leis de criminalização do protesto popular, do endurecimento penal e da escalada da ação violenta dos órgãos de repressão do Estado com a intervenção das Forças Armadas, além da descaracterização e demonização das organizações classistas combativas das massas populares.
Em especial, essa ofensiva contrarrevolucionária tem como meta restabelecer um sistema de espionagem, semelhante ao Serviço Nacional de Informações (SNI) do regime militar, para controlar e atar o movimento sindical e popular.
Foto ilustrativa