Aconteceu, do dia 17 a 21 de julho, o vitorioso 42° Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe) em Maringá, no Paraná. O evento contou com a participação de mais de 800 estudantes de diversas delegações do país.
Do início ao fim, durante as plenárias, o evento contou com várias bancas de diversas delegações, com vendas de castanha-do-pará, salgados, doces, pulseiras, brincos, colares, rifas de quadros, inclusive, uma banca do Jornal A Nova Democracia, montada pelo Comitê de Apoio de Maringá, que vendeu mais de 70 livros, 200 jornais, calendários e bloco de anotação.
Na quarta-feira, dia 17/07, iniciou-se o 42º Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia com o tema “Em defesa das escolas e universidades públicas e pelo currículo científico nas escolas e na formação de professores”. O encontro possui caráter político e pedagógico em defesa da educação pública e de qualidade, que vem sendo desmantelada devido às reformas aplicadas no ensino médio e superior, como o novo ensino médio e a BNC-formação de professores.
O ENEPe teve início com a mesa de recepção, onde as delegações de Rondônia e do Pará relataram as dificuldades enfrentadas para chegar em Maringá, devido às condições dos ônibus oferecidos por suas universidades. Apesar disso, nada pôde desanimar os estudantes, que felizmente chegaram a tempo para participar do ENEPe.
O 2° dia do Encontro, 18/07, foi marcado pela mesa de situação política, que tiveram como palestrantes o Diretor Geral do Jornal A Nova Democracia (AND), Victor Bellizia, e o Presidente da Federação árape Palestina do Brasil (FEPAL), com Ualid Rabah, que fizeram uma exposição detalhada da luta palestina e do cenário político nacional e internacional, seguindo com as mesas de situação educacional.
No período da tarde, aconteceram as apresentações dos trabalhos científicos. As apresentações se deram durante a tarde, das 13h às 18h, em 4 mesas distintas, cada qual com um professor da pedagogia da instituição responsável, além das exposições de banners realizadas em corredores dos blocos da universidade. Ao todo foram mais de 50 trabalhos científicos inscritos e apresentados, além de apresentações artísticas. Há a previsão dos trabalhos serem publicados em uma revista científica que deve ser lançada pela ExNEPe.
À noite, aconteceu a mesa “Pela Revogação Imediata do Novo Ensino Médio! Em Defesa do Direito de Ensinar e Aprender”, com a participação dos palestrantes o Professor Doutor da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Comitê da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, e o Professor Doutor da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Rede Escola Pública e Universidade (REPU) e da Comitê da Campanha Nacional pelo Direito, Fernando Cássio.
Além disso, logo após a mesa, o evento contou com a noite das delegações, onde teve algumas apresentações culturais.
Na sexta, o dia começou com a mesa “Em Defesa da Escola e Universidades Públicas! Pelo Currículo Científico nas Escolas e na Formação de Professores”, com palestras da professora Selma Garrido Pimenta, da Universidade de São Paulo (USP), do professor Gracialino Dias, da Universidade Federal da Fronteira Sul, e do professor Guilherme da Silva Lima, da UFMG.
No período da tarde, foi realizada a grandiosa manifestação contra o Novo Ensino Médio e pela luta palestina nas ruas de Maringá. Os estudantes, trabalhadores em educação e apoiadores saíram à luta pela defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade, em defesa do povo palestino e contra os ataques de privatização da educação vindos do governo federal e do Paraná. Os presentes na manifestação entoavam palavras de ordem como “Rato ladrão, tire as mãos da educação” e “Que contradição, tem dinheiro para banqueiros mas não tem para educação”, agitando a cidade e recebendo apoio popular com buzinas e acenos da população maringaense. Houve também a queima de bandeiras dos EUA e de Israel, com uma calorosa agitação aos gritos de “Palestina resiste, Palestina triunfará” e “Juventude palestina, sua luta continua na América Latina”.
Já na parte da noite, houve a mesa “Barrar a privatização das escolas públicas com greve de ocupação”, com os palestrantes, o professor Marco Antônio de Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e a representante da ExNEPe Ana Ribeiro da Mota, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em seguida, para fechar a noite, os participantes deram sequência às apresentações culturais, um momento que permitiu a divulgação da cultura de cada delegação a todos os presentes.
No 4° dia do Encontro, 20/07, aconteceu a mesa “Base Nacional Comum de Formação de Professores e a Nova DCN da Pedagogia” que contou com os palestrantes a Professora do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e representante da Associação Nacional Pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE), e o Presidente da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe).
Na parte da tarde, as delegações aproveitaram o momento para conhecer diversos pontos turísticos da cidade de Maringá, como o Parque do Ingá, Parque do Japão, Mercadão e diversos outros. O roteiro de turismo é crucial para os participantes que são de outras cidades ou estados tenham a possibilidade de conhecer uma parte da cultura e história da cidade.
A noite do quarto dia do evento foi marcada pelo Arraiá da UEM, com a presença de milhares de estudantes, professores e trabalhadores de dentro e fora da Universidade, organizada em parceria com o Diretório Central do Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a Diretoria de Cultura (DCU) da UEM e a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC) da UEM. Do início ao fim, bandas musicais trouxeram rock, forró, groove e brasilidades. O Arraiá contou com feira de artistas, pequenos comerciantes, foodtrucks, tenda de pastel, entre outros. Além disso, também teve várias atividades típicas juninas, como pescaria, correio elegante, tiro ao alvo e o touro mecânico, que foi a atração principal da festa.
O 5° e último dia do Encontro teve início com os grupos de discussão. Os participantes aproveitaram o momento para discutir sobre as plenárias, o evento e o atual cenário político (nacional e internacional), econômico e social. As discussões foram fundamentais para elevar o entendimento dos presentes das mesas, e levantar os futuros planos de lutas.
À tarde, aconteceu a plenária final, que contou com mais apresentações culturais – em destaque, um samba escrito durante o Encontro por alguns participantes em homenagem à heroica Resistência Palestina -, o balanço do Encontro, aprovação de notas, moções e planos de luta, e a eleição da nova secretaria nacional. Além disso, foram aprovadas as sedes do 26° Fórum Nacional de Estudante de Pedagogia (FoNEPe) em 2025 e do 43° Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe) em 2026.