Várias viaturas em uma das entradas do Complexo do Alemão. Foto: Banco de Dados AND
Na manhã de 19 de agosto, moradores do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, acordaram com um ostensivo tiroteio promovido pela Polícia Militar (PM), impondo seu brutal terrorismo contra as massas. Maria Regina, de 39 anos, foi baleada na perna, na comunidade da Fazendinha, enquanto segurava o filho de 3 anos no colo, dentro de casa. Esta mesma localidade, há quase um ano, foi palco de uma ação covarde da polícia: o assassinato da menina de 8 anos, Ágatha Felix.
As operações policiais, por decisão do Supremo Tribunal Federal, estão suspensas durante o período de pandemia, porém a PM não se poupa de cometer os mesmos crimes bárbaros que cometia com regularidade antes da pandemia, inclusive promovendo operações clandestinas, abafadas pelo monopólio de imprensa. A chacina ocorrida em maio deste ano, que deixou pelo menos 12 mortos, é um exemplo.
Segundo estudo publicado pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (UFF), com a suspensão das operações policiais, o número de mortes reduziu em 72,5% e o número de pessoas feridas, em 50%, o que prova a finalidade das operações policiais, que muito longe está de fato de “combater o tráfico de drogas”, e sim de causar terror e sufocar as massas, principalmente as mais empobrecidas.
Foto: Banco de Dados AND
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